Feminicídio na trilha: laudo confirma asfixia e violência sexual em Florianópolis
Laudo confirma feminicídio na trilha de Florianópolis

A cidade de Florianópolis foi palco de um crime brutal que chocou a comunidade local. A professora de inglês e estudante universitária Catarina Kasten, de 31 anos, foi vítima de feminicídio na trilha do Matadeiro, confirmou laudo da Polícia Científica.

Detalhes do crime brutal

O documento oficial divulgado pela polícia confirmou que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento. O laudo também apontou indícios de que a jovem sofreu agressão sexual antes de ser assassinada.

O crime aconteceu na manhã de sexta-feira, 21 de abril, quando Catarina se dirigia para uma aula de natação. O local escolhido pelo criminoso foi a trilha do Matadeiro, um dos pontos naturais da capital catarinense.

Suspeito confessa e tem histórico criminal

O homem preso pela morte de Catarina é Giovane Correa Mayer, de 21 anos. Ele não apenas confessou o crime à polícia, como forneceu detalhes macabros do assassinato.

Segundo sua declaração, ele asfixiou a jovem com um cadarço e em seguida a violentou sexualmente. Por esses crimes, ele responderá judicialmente por estupro e feminicídio.

A investigação revelou um dado ainda mais alarmante: Giovane já era apontado como suspeito em outro caso de violência sexual. A Polícia Civil confirmou que ele é investigado por estuprar uma idosa de 69 anos em 2022, dentro da própria casa da vítima.

Diante dessa nova informação, as autoridades anunciaram que irão reabrir o caso de três anos atrás para cruzar informações e provas dos dois crimes.

Vítima era promissora estudante universitária

Catarina Kasten era muito mais que uma estatística de violência contra mulheres. A jovem de 31 anos cursava pós-graduação em Estudos Linguísticos e Literários na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Formada em Letras-Inglês em 2022, ela já fazia planos para ingressar no Doutorado, segundo relatos de amigos. Antes de seguir a carreira de Letras, Catarina havia sido aluna de Engenharia de Produção na mesma universidade, onde chegou a integrar o Centro Acadêmico Livre de Engenharia de Produção (CALIPRO).

A UFSC emitiu nota oficial repudiando o crime e lamentando profundamente a morte da estudante. A instituição declarou: "A Universidade junta esforços com todos os que buscam trabalhar para que tais acontecimentos não se repitam, fazendo coro à indignação da comunidade universitária".

O Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC também se manifestou, destacando a dedicação, talento e contribuição de Catarina para o Programa de Pós-Graduação em Inglês (PPGI).

Repercussão e andamento do caso

Em resposta à tragédia, a comunidade organizou um ato público no sábado, 22 de abril, próximo à trilha onde Catarina foi encontrada. A manifestação serviu não apenas para homenagear a pesquisadora, mas também para exigir mais segurança para mulheres em Florianópolis.

O Ministério Público de Santa Catarina informou na segunda-feira, 24 de abril, que acompanha o caso de perto. O processo já foi encaminhado para a 36ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável pelo Tribunal do Júri.

Atualmente, o processo aguarda a conclusão do inquérito policial para seguir com as próximas etapas judiciais. Giovane Correa Mayer permanece preso preventivamente, aguardando julgamento pelos crimes hediondos que confessou ter cometido.