Tragédia em Feira de Santana: Jovem Executado a Tiros em Assassinato Brutal
Jovem executado a tiros em Feira de Santana

Era pra ser mais uma noite qualquer no interior baiano, mas o que aconteceu nas primeiras horas de sábado deixou uma comunidade inteira de luto e perplexidade. Feira de Santana acordou com a notícia que ninguém quer ouvir: mais um jovem teve a vida interrompida pela violência brutal.

Por volta das 2h da madrugada, os moradores do bairro Queimadinha ouviram o que nenhum cidadão deveria ouvir - uma sequência estrondosa de disparos que ecoou pelas ruas ainda escuras. Não eram fogos de artifício, muito menos barulhos de obra. Era o som da morte visitando mais uma família.

Uma cena de horror

Quando a polícia chegou ao local, se deparou com uma imagem que até os agentes mais experientes nunca se acostumam a ver. Lá estava ele, caído no chão, vítima de uma verdadeira execução. Testemunhas que não quiseram se identificar - com medo, claro - contaram que ouviram pelo menos oito disparos. Oito chances de vida canceladas por alguém que decidiu fazer justiça com as próprias mãos.

O que me deixa pensando: até quando vamos aceitar que jovens sejam sacrificados assim? O rapaz, cuja identidade ainda não foi totalmente confirmada, tinha aproximadamente 25 anos. Vinte e cinco primaveras cortadas pela raiz.

O silêncio que fala volumes

Até o momento, a Polícia Civil mantém sigilo sobre detalhes do caso. E não me venham dizer que é só "protocolo de investigação" - a gente sabe que quando o silêncio é tanto, o caso é mais complexo do que parece. As equipes do Departamento de Homicídios estão nas ruas, batendo de porta em porta, tentando encontrar alguém que tenha coragem de quebrar o pacto de medo que sempre cerca esses crimes.

Alguns moradores, com aquela voz trêmula de quem teme ser a próxima vítima, mencionaram ter visto um veículo escuro fugindo em alta velocidade após os tiros. Mas detalhes? Ninguém viu, ninguém sabe. O clássico "não estava olhando" que protege tanto quanto condena.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde peritos tentarão reconstruir os últimos momentos dessa vida interrompida. Enquanto isso, a família chora em algum lugar dessa cidade, mais uma vez refém da violência que assola nosso estado.

Um retrato cruel da nossa realidade

Feira de Santana, a tão famosa "Princesa do Sertão", mostra mais uma vez sua face mais cruel. E não venham me dizer que é isolado - todo fim de semana a mesma história se repete, com nomes diferentes e endereços diferentes, mas sempre com o mesmo final trágico.

Os números oficiais? A gente sabe que não refletem a realidade completa. Por cada caso que chega aos jornais, quantos outros ficam esquecidos nas estatísticas frias da secretaria de segurança?

A pergunta que fica, e que dói na alma: quantos mais precisam morrer antes que a gente acorde para essa guerra não declarada que está acontecendo nas nossas portas? Enquanto isso, a vida segue - para alguns.