
A noite de domingo, que prometia ser tranquila em Livramento de Nossa Senhora, terminou em tragédia. O que começou como uma discussão qualquer — dessas que a gente vê todo dia — rapidamente escalou para algo muito pior. Uma briga generalizada, daquelas que parecem sair do controle em segundos, deixou um saldo irreparável: um homem de 37 anos morto, vítima de múltiplas facadas.
A vítima, identificada como Joselito Alves de Souza, não resistiu aos ferimentos. A notícia correu rápido pela cidade, aquela espécie de telefone sem fio que sempre funciona em cidades do interior. Todo mundo conhece todo mundo, ou pelo menos sabe quem é quem.
O que realmente aconteceu?
Segundo testemunhas — e aqui a gente sempre tem que tomar cuidado com as versões — a confusão começou por volta das 20h30 na Rua São João. Um lugar normalmente tranquilo, onde as pessoas costumam ficar na calçada conversando no final de tarde. Mas domingo foi diferente.
Parece que a discussão começou por algo bobo, daquelas coisas que nem valem a pena lembrar depois. Sabe como é — um olhar torto, uma palavra fora do lugar, e pronto: o estopim está aceso. Só que dessa vez, ao invés de cada um seguir seu caminho depois de trocar uns insultos, a coisa degringolou completamente.
A violência que ninguém esperava
De repente, estava todo mundo brigando. Não dava mais para saber quem estava contra quem. No meio desse caiaque generalizado, Joselito foi atingido por várias facadas. A cena deve ter sido de terror — gente gritando, correria, e no centro de tudo, um homem caído no chão enquanto a vida escapava por seus ferimentos.
Quando a polícia chegou — e olha, não demorou muito, segundo me contaram — já era tarde demais. Os envolvidos na briga tinham desaparecido na escuridão da noite, como fantasmas que voltam para as sombras depois do estrago.
As investigações correm contra o tempo
O delegado plantonista, Dr. Carlos Eduardo, assumiu o caso pessoalmente. Ele me disse, com aquela cara séria de quem já viu tudo nessa vida, que estão seguindo várias pistas. "Temos nomes, sabemos por onde andam, é questão de horas", afirmou, com aquela confiança que só quem está acostumado com a rotina policial pode ter.
O corpo de Joselito foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Brumado. Lá, os peritos vão tentar reconstruir os últimos momentos da vítima através dos ferimentos. É triste pensar que alguém precisa examinar um corpo tão minuciosamente só para entender como uma vida foi interrompida de forma tão violenta.
Enquanto isso, em Livramento, a pergunta que não quer calar: o que leva uma briga boba a terminar em morte? Será que as pessoas perderam completamente a noção do valor da vida? Ou será que sempre foi assim, e a gente que não queria ver?
Uma coisa é certa: a família de Joselito agora precisa encontrar forças para seguir em frente. E a cidade, que se orgulha de ser pacata, precisa encarar que a violência — essa maldita violência — não respeita mais nem mesmo os lugares mais tranquilos.