Sonhos interrompidos pela violência
A professora de inglês Catarina Kasten, de 31 anos, tinha planos concretos para construir uma vida feliz em Florianópolis, mas teve seus sonhos brutalmente interrompidos por um feminicídio na sexta-feira, 21 de fevereiro. A vítima foi assassinada enquanto seguia para uma aula de natação no início da manhã, na trilha do Matadeiro, na capital catarinense.
Projetos de vida e conquistas acadêmicas
Catarina e seu marido, Roger Gusmão, planejavam construir uma nova casa no bairro Açores no início de 2026. O casal também sonhava em fazer viagens pelo mundo quando ela ingressasse no doutorado. Fotos enviadas pelo companheiro mostram Catarina na frente do terreno onde seria construída a residência dos sonhos do casal.
A jovem de 31 anos era estudante de pós-graduação em Estudos Linguísticos e Literários na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formada em Letras em Inglês em 2022, ela havia viajado pelo mundo com o companheiro antes de decidir voltar a Florianópolis há cerca de um ano para fixar residência e fazer mestrado.
Roger descreveu Catarina como uma mulher amante da natureza, estudiosa e gentil. "Catarina era uma florzinha. Meiga, doce, adorava a roça também", disse o marido em entrevista ao g1.
Detalhes chocantes do crime
O laudo divulgado pela Polícia Científica confirmou que Catarina morreu devido à asfixia por estrangulamento e apontou indícios de que ela foi vítima de agressão sexual. "Não existe conforto. Catarina foi estuprada, bateram nela", relatou Roger Gusmão.
O assassino confesso está preso preventivamente e foi detido em menos de 24 horas após o crime. "Quero enfatizar que mesmo que eu tenha todas as críticas com relação à ação da polícia preventiva, tenho um elogio à ação da polícia ativa", destacou o marido da vítima.
Histórico criminal do suspeito
Após a prisão pela morte de Catarina, o homem também passou a ser tratado como suspeito de ter estuprado uma idosa de 69 anos na casa dela, em 2022. A Polícia Civil confirmou a informação e irá reabrir o caso ocorrido há três anos para cruzar informações e provas entre os dois crimes.
A UFSC emitiu nota lamentando a morte e repudiou qualquer forma de violência contra mulheres. O Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da universidade também manifestou luto pelo assassinato, "reconhecendo sua dedicação, talento e contribuição para o PPGI".
Roger destacou que medidas preventivas devem ser tomadas na região e solicitou mais câmeras e outras tecnologias de segurança. A tragédia interrompeu não apenas uma vida promissora, mas também os planos de um casal que construía sonhos juntos em Santa Catarina.