Dono de Agência de Passagens é Executado a Tiros Dentro do Próprio Estabelecimento em Boa Vista
Dono de agência executado a tiros em Boa Vista

O sábado, que prometia ser um dia comum de trabalho, transformou-se em tragédia no coração de Boa Vista. Por volta das 15h30, horário em que a movimentação ainda era significativa, a Rua São Sebastião — uma daquelas vias que parecem respirar o cotidiano da cidade — tornou-se palco de uma cena digna de pesadelo.

Dentro de sua agência de passagens, um estabelecimento que era seu sustento e provavelmente seu orgulho, o proprietário foi surpreendido por algo que ninguém espera num local de trabalho: a violência extrema. Testemunhas, ainda em estado de choque, contam ter ouvido estampidos secos — aqueles que a gente sabe, no instinto, que não são fogos de artifício.

O cenário do crime

A loja, que normalmente vive do vaivém de clientes buscando sonhos de viagem, transformou-se num local de isolamento policial. Os agentes chegaram rapidamente, é verdade, mas o que encontraram já era irremediável. O empresário — cujo nome a polícia ainda segura com cuidado — jazia no chão, vítima de múltiplos tiros. A cena era tão brutal que até os policiais mais experientes pareciam afetados.

E a pergunta que paira no ar, pesada como o calor de Roraima: quem faria isso? E por quê?

As investigações começam

Os investigadores, enquanto isso, trabalham com várias hipóteses. Roubo? Aparentemente nada foi levado. Inimizade pessoal? Dívida? Algo relacionado ao negócio? O comércio de passagens aéreas, afinal, movimenta valores consideráveis — mas isso é só especulação de quem observa de fora.

O que se sabe é que os suspeitos — sim, no plural — chegaram, executaram o crime com uma frieza que dá arrepios, e simplesmente evaporaram no labirinto urbano. A Polícia Técnica fez seu trabalho meticuloso, coletando cada fragmento de evidência que pudesse contar uma história que as testemunhas não viram completamente.

O que fica para a comunidade

Os vizinhos e outros comerciantes da região estão, naturalmente, assustados. Um crime assim, em plena luz do dia, dentro de um estabelecimento comercial — é o tipo de coisa que faz todo mundo repensar sua própria segurança. "A gente abre as portas todo dia tentando ganhar honestamente a vida, e acontece uma tragédia dessas", comentou um comerciante próximo, que preferiu não se identificar — quem pode culpá-lo?

O Corpo de Bombeiros confirmou o óbito no local. Não havia o que fazer, apenas constatar o óbvio: mais uma vida perdida para a violência que, parece, não escolhe hora nem lugar.

Enquanto a Delegacia de Homicídios assume as investigações, a cidade tenta entender o inexplicável. Boa Vista não é uma metrópole caótica, mas episódios como esse lembram que a violência pode brotar mesmo onde menos se espera. Resta agora aguardar — e torcer para que a justiça, dessa vez, não seja tão lenta quanto costuma ser.