
Ilhéus ainda não conseguiu digerir o horror que aconteceu na noite de sexta-feira. Três jovens — dois de 19 e um de 22 anos — foram executados a tiros na famosa Praia dos Milionários, num crime que tem todas as marcas de acerto de contas. A cena era dantesca, daquelas que ficam na memória mesmo de investigadores experientes.
Segundo as primeiras informações — e aqui a coisa fica ainda mais sombria —, os rapazes estariam dentro de um carro quando foram surpreendidos. Os tiros não deram chance. A perícia encontrou mais de 20 cápsulas no local, o que indica que os executores queriam certeza do serviço. Não era um assalto, definitivamente. Era uma missão.
A polícia, trabalhando contra o relógio, já chegou a nomes. Dois suspeitos já foram identificados e agora são procurados. A delegada Renata Silva, que está à frente do caso, foi direta: "As investigações apontam para uma execução. Estamos perseguindo pistas concretas". Ela não deu detalhes, mas deixou claro que a motivação não é um mistério para a polícia.
O que mais choca, além da frieza, é o local escolhido. A Praia dos Milionários é um point movimentado, especialmente à noite. Alguém ousou cometer um crime desses num lugar com movimento, o que mostra uma assustadora falta de temor à lei. Será que o crime organizado na região está ficando mais ousado?
Os corpos foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), e os familiares, é claro, estão desolados. Imagine receber uma notícia dessas num fim de semana qualquer? A dor é incomensurável.
Enquanto os suspeitos não forem capturados, uma pergunta paira no ar em Ilhéus: quem será o próximo? A população espera, apreensiva, por uma resposta rápida das autoridades. A sensação de impunidade é, infelizmente, um fantasma que assombra muitos brasileiros.