Primo mata primo após briga por carne de tatu no interior do Acre
Briga por carne de tatu termina em morte no Acre

Uma discussão entre primos sobre quem ficaria com a carne de um tatu caçado terminou em tragédia no interior do Acre. O fato ocorreu na manhã de domingo, 30 de junho, na Comunidade de São Salvador, zona rural de Mâncio Lima.

Detalhes do crime violento

Carlos César de Souza da Silva, de 24 anos, é o principal suspeito de assassinar o primo Claudemir Cruz Vieira, de 26. De acordo com a Polícia Militar, os dois homens estavam consumindo bebidas alcoólicas desde a noite de sábado quando a discussão começou. A briga girava em torno da posse da carne do animal silvestre, caçado no dia anterior.

Durante a confusão, a vítima, Claudemir, teria agredido o suspeito com um pedaço de madeira. "Nessa briga, a vítima desferiu algumas ripadas, tanto no braço, ombro e na cabeça que abriu um corte profundo no autor do homicídio", relatou o tenente Tales Rafael, comandante do 6° Batalhão da PM.

Reação fatal e prisão

Após ser ferido, Carlos César reagiu com uma facada. O golpe atingiu o lado esquerdo do corpo de Claudemir, na altura das costelas. A vítima ainda conseguiu caminhar alguns metros, mas caiu em frente a uma igreja, já sem vida.

O suspeito foi contido por familiares e amigos no local. Ambos foram levados para a Comunidade Belo Monte, onde uma equipe policial se deslocou para efetuar a prisão. Carlos César recebeu atendimento médico no Hospital Dr. Abel Pinheiro Maciel Filho antes de ser encaminhado à delegacia, onde permanece preso.

Investigações e consequências

O corpo de Claudemir Cruz Vieira foi deixado no hospital para liberação aos familiares. A perícia técnica e o Instituto Médico Legal estiveram no local para a remoção do corpo e os procedimentos de praxe. Um detalhe importante consta no boletim de ocorrência: a faca utilizada no crime não foi encontrada pelas autoridades.

O caso chama a atenção para a violência que pode surgir de conflitos familiares aparentemente banais, especialmente em contextos rurais. A caça e o consumo de animais silvestres, como o tatu, também entram em pauta, uma prática ilegal que muitas vezes está por trás de disputas locais.