Jovem é assassinada durante emboscada por golpe do drone
A polícia de São Paulo prendeu o principal suspeito de assassinar a universitária Beatriz Munhos, de 20 anos, durante um assalto na Zona Leste da capital paulista. Isaías dos Santos da Silva, de 23 anos, foi transferido nesta quinta-feira (20) da Bahia para São Paulo, onde responderá pelo crime de latrocínio - roubo seguido de morte.
O crime chocante ocorreu no dia 1º de novembro no bairro de Sapopemba e foi registrado por câmeras de segurança. A estudante foi morta com um tiro na cabeça na frente do pai, Lucas Munhoz, e do namorado, Leonardo Jesus da Silva.
Detalhes da cruel emboscada
Segundo as investigações da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Seccional de São Paulo, a família foi atraída por um golpe envolvendo a venda de um drone. Um comparsa ainda procurado pela polícia fingiu interesse em comprar o equipamento no valor de R$ 27 mil.
A negociação foi feita pela internet, mas o pagamento e a entrega seriam feitos pessoalmente. A família saiu de carro de Sorocaba, interior de São Paulo, e foi até o local combinado na capital, onde caiu na armadilha.
Dois criminosos em uma moto abordaram as vítimas anunciando o assalto. Beatriz, que estava dentro do veículo, tentou se defender usando spray de pimenta contra um dos assaltantes. Em resposta, o criminoso sacou a arma e atirou na cabeça da jovem, que morreu instantaneamente.
Operação policial prende envolvidos
Isaías dos Santos havia sido preso na última terça-feira (18) em Mirante, a 495 km de Salvador, com apoio da polícia baiana. Ele é apontado como o autor do disparo fatal contra Beatriz Munhos.
Este já é o segundo envolvido preso no caso. Em 3 de novembro, a polícia havia capturado Lucas Kauan da Silva Pereira, de 18 anos, identificado como piloto da moto usada no crime. A defesa de Lucas informou que ele nega participação no latrocínio e que estava em liberdade assistida.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os três envolvidos no crime tinham antecedentes criminais por roubos. O terceiro comparsa, que atraiu a família para a emboscada, já havia cometido o mesmo golpe em assaltos anteriores na região e continua foragido.
O pai de Beatriz, Lucas Munhoz, desabafou sobre a prisão do segundo suspeito, classificando-a como "sutil acalento". Ele questionou a brutalidade do crime: "Foi uma emboscada, foi um golpe, mas a gente tinha entregue tudo, por que o cara atirou na cabeça da minha filha? Eles não têm o mínimo de discernimento por nada".
O preso Isaías dos Santos permanece na carceragem do 8º DP e será ouvido formalmente antes de ser indiciado pelo crime.