Nova onda de criminalidade atinge farmácias brasileiras
Os medicamentos para emagrecimento Ozempic e Mounjaro se transformaram nos novos objetos de desejo do crime organizado no Brasil. Assaltantes estão mirando especificamente esses produtos, que possuem alto valor no mercado legal e ilegal.
Originalmente desenvolvidos para tratamento de diabetes, esses remédios ganharam popularidade mundial por seus efeitos significativos na perda de peso. Essa demanda criou um mercado paralelo que movimenta valores expressivos e atrai a atenção de criminosos.
Preços elevados alimentam o comércio ilegal
No mercado formal, os valores são considerados altos para a maioria da população. O Ozempic custa entre R$ 800 e R$ 1.300 por caneta, enquanto o Mounjaro varia de R$ 1.400 a R$ 3.600 por caixa, dependendo do local de compra e das especificações do tratamento.
Esses preços elevados abriram espaço para um comércio paralelo onde os produtos são oferecidos a valores mais acessíveis - basicamente porque são roubados. A situação se tornou tão crítica que muitas farmácias modificaram suas práticas de estoque.
Muitos estabelecimentos farmacêuticos que antes mantinham estoques regulares agora só vendem sob encomenda, criando transtornos tanto para farmacêuticos quanto para clientes legítimos.
Riscos do mercado negro de medicamentos
O autor do texto original compartilha uma experiência pessoal que ilustra os perigos desse comércio ilegal. Ao buscar um remédio que havia sido proibido mundialmente por causar depressão em 70% dos usuários, ele adquiriu três caixas no mercado paralelo apenas para descobrir que as cápsulas eram falsificadas.
Além dos roubos, outras práticas ilegais incluem a encomenda de medicamentos não encontrados no Brasil através de tripulações aéreas. Embora seja compreensível que pessoas com doenças raras busquem alternativas, o comércio de produtos roubados ou falsificados representa sérios riscos à saúde.
Os criminosos não se limitam aos medicamentos para emagrecer. Seções de cosméticos de alta qualidade também são alvo preferencial, especialmente produtos de marcas renomadas que possuem grande valor agregado pelo nome e status.
O fenmeno reflete uma triste realidade: a sociedade parece estar se acostumando com situações obviamente ilegais. Especialistas alertam que essa nova tendência criminal exige atenção redobrada tanto das autoridades quanto dos consumidores.