
Era pra ser mais um dia comum de trabalho, sabe? Aquele vai e vem de clientes, o cheiro característico de carne assada, o barulho do ventilador tentando amenizar o calor. Mas essa terça-feira, 7 de outubro, transformou-se em pesadelo na Churrascaria do Zé, em Nossa Senhora das Dores.
Por volta das 19h30, quando a movimentação ainda era intensa, dois homens simplesmente entraram no estabelecimento. Não pediram nada, não disseram boa tarde. O alvo era claro: Jefferson Santos Silva, de 32 anos, que trabalhava ali como açougueiro.
O crime que parou a cidade
Testemunhas contam que foi tudo muito rápido - assustadoramente rápido. Os criminosos efetuaram vários disparos contra Jefferson, que não teve chance de reação. O barulho dos tiros ecoou pela churrascaria, seguido pelo silêncio pesado que só o terror consegue produzir.
Os assassinos, frios como o aço das facas de açougue, fugiram imediatamente. Deixaram para trás o corpo de Jefferson e uma comunidade inteira perplexa.
Quem era a vítima?
Jefferson não era apenas um funcionário qualquer. Conhecido na cidade pelo trabalho honesto, ele deixou esposa e filhos. Gente que agora precisa encontrar forças onde parece não haver mais nenhuma.
O que me deixa pensando: será que havia alguma ameaça anterior? Alguma dívida? Desavença? A polícia ainda corre atrás dessas respostas.
A investigação em andamento
A Delegacia de Crimes Contra a Pessoa assumiu o caso e já iniciou os trabalhos. Peritos colheram vestígios no local, esperando que as provas balísticas possam dar pistas sobre as armas utilizadas.
Os investigadores estão entrevistando testemunhas - cada relato, um pedaço desse quebra-cabeça macabro. Mas até agora, nenhuma informação sobre a motivação ou identidade dos executores.
O que fica depois da tragédia
Nossa Senhora das Dores, cidade que tem até o nome ligado ao sofrimento, vive mais um dia de luto. Esses crimes banais, que parecem distantes quando vemos na TV, doem de maneira diferente quando acontecem na esquina de casa.
O corpo de Jefferson foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Itabaiana. Enquanto isso, familiares e amigos se preparam para o velório e sepultamento, marcados para esta quarta-feira.
Restam as perguntas sem resposta, o medo que se instala e a esperança - sempre frágil - de que a justiça consiga encontrar os responsáveis por tamanha brutalidade.