
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) admitiu publicamente a possibilidade de ser presa e deportada, em meio a investigações e processos judiciais que envolvem seu nome. Em suas declarações, ela fez referência ao caso de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no escândalo do Mensalão, que fugiu para a Itália e acabou deportado anos depois.
Zambelli, conhecida por suas posições polêmicas e alinhadas ao bolsonarismo, afirmou que está ciente dos riscos que corre, mas comparou sua situação à de Pizzolato, sugerindo que poderia enfrentar um destino semelhante. "Se acontecer, não será a primeira vez que a Justiça age de forma seletiva", disse ela, em tom de crítica ao sistema judiciário.
O caso de Pizzolato ganhou notoriedade após ele ser preso na Itália em 2014, graças a um pedido de extradição do Brasil. Ele cumpriu parte da pena no país europeu antes de ser deportado e continuar a sentença em território brasileiro. Zambelli parece usar o exemplo como uma forma de questionar a imparcialidade das instituições.
Analistas políticos destacam que as declarações da deputada podem ser uma estratégia para mobilizar sua base de apoio, enquanto opositores veem nelas um reconhecimento tácito de culpa. O cenário político brasileiro segue tenso, com figuras públicas enfrentando cada vez mais escrutínio judicial.