O Banco Central do Brasil enfrentou pressões políticas para autorizar a venda do Banco Master para o BRB, revelando tensões no sistema financeiro nacional. Este contexto surge paralelamente à sabatina do indicado pelo governador Ibaneis Rocha para assumir a presidência do Banco de Brasília.
Sabatina na CLDF define futuro do BRB
A Câmara Legislativa do Distrito Federal realiza nesta terça-feira (25) a sabatina de Nelson Antônio de Souza, escolhido pelo governador Ibaneis Rocha para comandar o Banco de Brasília. A sessão acontece a partir das 13h30 e será conduzida pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças.
O processo de avaliação do indicado segue um rito específico: se aprovado pela CEOF, seu nome segue para deliberação no plenário da CLDF, onde os parlamentares terão a palavra final sobre a confirmação ou não da indicação feita pelo governador.
Mudanças no BRB após operação da PF
Esta sabatina ocorre em meio a significativas mudanças na direção do BRB, motivadas pela Operação Compliance Zero, da Polícia Federal. O inquérito investiga um elaborado esquema de venda de títulos de crédito falsos que envolveria tanto o BRB quanto o Banco Master.
Nelson Antônio de Souza já havia sido aprovado pelo Conselho de Administração do BRB para assumir a presidência da instituição na última quinta-feira (20), mas ainda precisa do aval dos parlamentares distritais para confirmar sua posse.
Perfil do indicado à presidência do BRB
Nelson Antônio de Souza traz em seu currículo uma extensa experiência no sistema financeiro público brasileiro. O executivo é formado em Consultoria Empresarial pela Universidade de Brasília e possui MBA em Administração e Marketing, além de licenciatura em Letras e Psicologia.
Sua trajetória inclui passagem pela presidência da Caixa Econômica Federal entre 2018 e 2019, onde havia ingressado como funcionário de carreira desde 1979. Antes disso, comandou o Banco do Nordeste em 2014 e esteve à frente de áreas estratégicas ligadas a crédito, habitação e governança.
Atualmente, o indicado ocupa o cargo de vice-presidente da Elo, mas sua nomeação para o BRB representa um retorno ao sistema bancário público em um momento particularmente delicado para a instituição.
A sabatina acontece em um ambiente de crescente tensão política, onde a oposição ao governador Ibaneis Rocha tenta criar uma CPI para investigar mais a fundo as operações do BRB, especialmente após as revelações sobre o esquema envolvendo o Banco Master.