Grandes nomes da política baiana estão em movimento nos escritórios de advocacia de Brasília, demonstrando preocupação com possíveis novos desdobramentos da Operação Overclean. O caso, que inicialmente mirou o empresário José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo", deixou autoridades de um partido político específico em estado de alerta.
Movimentação nos bastidores
Segundo informações apuradas, políticos influentes da Bahia estão tentando se antecipar aos acontecimentos e já sondam advogados especializados em direito penal. O temor é que novas fases da operação possam atingir figuras importantes do cenário político estadual.
A investigação, que começou focada no empresário do setor de resíduos, expandiu seu alcance e preocupa detentores de mandato que temem ver suas portas sendo batidas pela Polícia Federal em um futuro próximo.
Ministro do STF é peça-chave
O processo está atualmente nas mãos do ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, que é o relator do caso. Conhecido no meio jurídico como "habilidoso" e pouco propenso a "pirotecnias", o ministro é considerado um juiz ponderado em suas decisões.
Fontes próximas à investigação, no entanto, minimizam os temores de que a Polícia Federal possa ser acionada para novas diligências no curto prazo. O perfil cauteloso de Nunes Marques sugere que qualquer decisão será tomada com cuidado e após análise minuciosa dos fatos.
Representações pendentes
Apesar da postura cautelosa do relator, existem representações na mesa do ministro e também na Procuradoria-Geral da República pedindo novas ações policiais contra políticos. Esses pedidos formais mantêm a tensão entre os envolvidos e explicam a movimentação antecipada nos escritórios de advocacia.
A situação permanece em aberto, com a data de 30 de novembro de 2025 marcando o momento atual das discussões sobre o futuro da operação. Os próximos passos dependem fundamentalmente da análise que o ministro Nunes Marques fará dos autos e das representações recebidas.
