PL corta vínculo partidário e salário de Bolsonaro
O Partido Liberal (PL) anunciou nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, a suspensão do salário e das atividades partidárias do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada em consequência direta da suspensão dos direitos políticos do ex-mandatário, que ocupava o cargo de presidente de honra da sigla.
Remuneração cortada e aposentadorias mantidas
Com a medida, Bolsonaro deixa de receber aproximadamente R$ 42 mil mensais que eram pagos pelo partido. Entretanto, o ex-presidente continuará a receber outros proventos: R$ 46 mil da Câmara dos Deputados como aposentadoria e cerca de R$ 11 mil das Forças Armadas.
Em nota oficial, o PL justificou a decisão citando a Lei 9.096/95 e a suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro. O partido afirmou que "infelizmente, por força da lei e devido à suspensão dos direitos políticos do nosso presidente de honra, Jair Bolsonaro, suas atividades partidárias também ficam suspensas, inclusive sua remuneração".
Contexto político e situação atual
Bolsonaro havia se filiado ao Partido Liberal em 2021, após ficar sem partido com a extinção do PSL, que se uniu ao Democratas para formar o União Brasil. A situação do ex-presidente se agravou com a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista.
O ex-mandatário começou a cumprir pena na última terça-feira, dia 25 de novembro. Paralelamente, sua defesa alega que Bolsonaro não utilizou celular durante visita de Nikolas, embora o STF tenha dado prazo para que o ex-presidente explicasse o suposto uso do aparelho. Vale destacar que a visita foi autorizada, mas o uso de celulares estava proibido, seguindo a regra padrão para visitas a presidiários.
A suspensão dos direitos políticos e a consequente medida do PL representam um capítulo significativo na trajetória política recente do país, afetando diretamente a situação financeira e partidária do ex-presidente.