A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar. A prisão ocorreu dentro do próprio gabinete do parlamentar, localizado no oitavo andar do prédio do Legislativo, no centro da capital fluminense.
Operação em andamento dentro da Assembleia
Segundo informações apuradas, os agentes federais permanecem no local para cumprir um mandado de busca e apreensão. O objetivo é coletar materiais e provas que possam auxiliar nas investigações. A ação policial se concentra no andar da presidência da casa legislativa.
Além do gabinete na Alerj, a PF também realiza buscas no apartamento de Bacellar, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Até o momento, a defesa do presidente da Assembleia não se manifestou publicamente sobre o caso.
Suspeita de vazamento de informações sigilosas
Rodrigo Bacellar, filiado ao União Brasil, é investigado sob a suspeita de ter vazado informações confidenciais relacionadas à operação da Polícia Federal que resultou na prisão do ex-deputado TH Joias, em setembro deste ano.
TH Joias foi preso acusado de atuar como braço político da facção criminosa Comando Vermelho (CV). A investigação que levou à prisão de Bacellar apura se ele teria repassado dados sensíveis da operação que prendeu o ex-parlamentar, potencialmente interferindo no curso das apurações.
Contexto e próximos passos
A prisão de uma figura de alto escalão do poder legislativo estadual, dentro da sede do próprio poder, evidencia a gravidade das acusações. A operação desta quarta-feira integra um desdobramento das investigações sobre a infiltração do crime organizado nas estruturas políticas.
O caso deve seguir para análise do Judiciário, onde serão apresentadas as provas coletadas pela PF. A situação coloca a Alerj sob os holofotes e deve gerar desdobramentos políticos significativos no estado do Rio de Janeiro.
