
A Polícia Federal (PF) ouviu nesta terça-feira (2) o advogado Frederick Wassef, o ex-advogado Fabio Wajngarten e o assessor Filipe Martins, todos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os depoimentos fazem parte do inquérito que investiga os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo fontes próximas ao caso, os interrogatórios buscaram esclarecer possíveis conexões entre o entorno de Bolsonaro e os eventos daquele dia. A PF investiga se houve indução ou financiamento dos atos por parte de aliados do ex-presidente.
Detalhes dos depoimentos
Frederick Wassef, atual advogado de Bolsonaro, foi ouvido por cerca de três horas. Ele negou qualquer envolvimento do ex-presidente nos atos e classificou as acusações como "infundadas".
Fábio Wajngarten, que deixou a defesa de Bolsonaro em 2022, também prestou esclarecimentos. Ele afirmou que não teve participação nos eventos e desconhece qualquer articulação nesse sentido.
Já Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, foi questionado sobre mensagens trocadas em grupos de WhatsApp que poderiam indicar conhecimento prévio dos ataques. Ele negou as acusações e disse que as conversas foram "tiradas de contexto".
Próximos passos
A PF deve analisar os depoimentos e cruzar as informações com outros elementos já coletados no inquérito. O Ministério Público Federal (MPF) ainda não se pronunciou sobre possíveis denúncias.
O caso segue em aberto, e novas convocações para depoimento não estão descartadas. A expectativa é que o relatório final seja concluído nos próximos meses.