A Polícia Federal (PF) identificou que documentos produzidos pelo chamado 'gabinete paralelo' da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram utilizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em uma transmissão ao vivo com ataques ao sistema eleitoral brasileiro.
Segundo as investigações, as informações sigilosas teriam sido obtidas de forma irregular por um grupo dentro da Abin que atuava fora da estrutura oficial da agência. Esses dados foram depois empregados por Bolsonaro para questionar a segurança das urnas eletrônicas.
O que diz a investigação
A PF apurou que:
- Um grupo não oficial dentro da Abin produzia relatórios sem autorização
- Estes documentos continham análises sobre o sistema eleitoral
- As informações foram repassadas para o então presidente
- Bolsonaro usou o material em sua live de ataques às urnas
Impacto político
O caso reacende o debate sobre o uso político de informações sigilosas e coloca nova pressão sobre o ex-presidente, que já responde a outros processos relacionados a ataques às instituições democráticas.
Especialistas alertam que a utilização de dados de inteligência para fins políticos representa grave risco à democracia e pode configurar abuso de poder.
