PF revela: Jair Bolsonaro era o principal alvo de ações clandestinas da ABIN durante seu governo
PF: Bolsonaro era principal alvo de ações clandestinas na ABIN

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta terça-feira (18) detalhes alarmantes sobre uma suposta estrutura paralela dentro da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo as investigações, o ex-presidente era o principal destinatário de ações clandestinas realizadas pela agência.

Operação foi batizada de 'Abin Paralela'

De acordo com a PF, a operação, chamada de 'Abin Paralela', revelou que Bolsonaro recebia informações privilegiadas e ilegais, obtidas através de métodos questionáveis. A estrutura funcionava à margem dos controles legais e era utilizada para monitorar adversários políticos e personalidades públicas.

Como funcionava o esquema?

  • Uso de softwares de vigilância sem autorização judicial
  • Monitoramento de comunicações de autoridades e jornalistas
  • Arquivo de dados sigilosos em servidores não oficiais

A investigação ainda está em andamento, mas já aponta para um possível desvio de finalidade da ABIN, que deveria atuar exclusivamente em defesa do Estado Democrático de Direito.

Repercussão política

O caso deve acirrar os ânimos no cenário político brasileiro, já que envolve diretamente o ex-presidente, que ainda mantém forte influência em parte do eleitorado. Especialistas em direito constitucional afirmam que as ações descritas no relatório da PF configuram grave violação da privacidade e abuso de poder.

A expectativa é que o Ministério Público Federal analise as provas coletadas e decida sobre possíveis denúncias contra os envolvidos, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.