
Numa decisão que não surpreendeu ninguém — mas que certamente deixou muitos de boca aberta —, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de soltura do general Braga Netto. A defesa do militar, que tentou reverter a prisão preventiva, levou um não redondo do magistrado.
E olha que a estratégia da defesa foi das mais criativas: alegaram falta de fundamentação jurídica na prisão. Mas Moraes, que não costuma dar muitas voltas, rebateu ponto a ponto. Segundo ele, as provas colhidas até agora são mais que suficientes para manter o general atrás das grades.
O que diz a defesa (e por que não colou)
Os advogados de Braga Netto tentaram de tudo — desde argumentos técnicos até apelos emocionais. Dizem que o general, figura-chave no governo anterior, está sendo "perseguido politicamente". Mas o ministro, conhecido por seu pulso firme, não comprou a narrativa.
"Quando o assunto é lei, não tem essa de 'ah, mas fulano é importante'", comentou um jurista que preferiu não se identificar. E faz sentido: Moraes tem histórico de não ceder a pressões, seja de quem for.
O que isso significa na prática?
- Braga Netto continua na prisão, pelo menos por enquanto
- A decisão reforça o clima de tensão entre Judiciário e militares
- O caso pode esquentar ainda mais o debate sobre suposto "lawfare"
Curiosamente, enquanto isso rola nos tribunais, nas redes sociais a polarização segue firme. De um lado, os que acham a decisão "histórica"; do outro, os que falam em "excesso de poder". E no meio, como sempre, a população que só quer entender até onde vai essa novela.
Uma coisa é certa: essa decisão não vai cair no esquecimento tão cedo. Principalmente porque o STF tem mostrado pouca disposição para recuar em casos envolvendo figuras do último governo. Resta saber se essa postura vai se manter — ou se novas reviravoltas estão por vir.