
O clima na Assembleia Legislativa do Maranhão está, digamos, bastante aquecido. E não é por causa do calor característico do Nordeste. Na verdade, a tensão política que se instalou por lá nas últimas horas é palpável, quase dá para tocar.
O governo do estado — através de sua assessoria jurídica — soltou um comunicado que, em tradução livre, significa basicamente um recado bem claro aos deputados estaduais: "Parem de inventar moda". A reação foi imediata e contundente contra uma denúncia apresentada por um grupo de parlamentares, que alega a existência de um suposto esquema de escutas telefônicas irregulares.
O teor da resposta oficial
O texto do governo não economizou nos adjetivos. Classificou a acusação como "desprovida de qualquer fundamento factual" e, pasmem, "fruto de imaginação fértil". Não é todo dia que se vê um posicionamento oficial usando expressões assim, tão diretas. Parece aquela briga de família onde alguém finalmente resolve botar a boca no trombone.
O mais curioso? A tal denúncia — segundo o governo — foi construída sobre bases tão frágeis que chega a ser difícil entender como alguém levou a sério. Zero provas, zero documentos, zero consistência. Apenas alegações soltas no vento, como folhas secas num dia de ventania.
O que dizem os deputados
Do outro lado, os parlamentares que assinaram a denúncia mantêm suas posições. Alegam que há indícios — embora não especifiquem quais — de que conversas telefônicas estariam sendo monitoradas de forma irregular. É aquela velha história: muito barulho por nada? Ou será que há fumaça sem fogo?
O fato é que a situação criou um mal-estar político considerável. Nas redes sociais, a polarização já começou — uns defendem a investigação, outros acham tudo teatro político. Típico do jogo de poder maranhense, que nunca foi exatamente um mar de rosas.
E agora, José?
O impasse está montado. De um lado, um governo que nega com unhas e dentes. Do outro, oposicionistas que insistem na narrativa. E no meio disso tudo, a população que fica se perguntando em quem acreditar.
Uma coisa é certa: essa história ainda vai dar muito pano pra manga. Os próximos capítulos prometem — como sempre na política maranhense. Resta saber se alguém vai apresentar alguma prova concreta ou se tudo não passa de... bem, você sabe.
Enquanto isso, nas ruas de São Luís, o povo segue sua vida. Mais preocupado com o preço do feijão do que com supostas escutas. Afinal, na terra do reggae e do bumba-meu-boi, a política às vezes parece mais um carnaval fora de época.