
O deputado estadual Marcos Muller foi afastado do cargo pela Justiça nesta quinta-feira (27) após ser alvo de uma investigação por suposto envolvimento em um esquema de rachadinha. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e publicada no Diário Oficial.
Segundo as investigações, o parlamentar teria desviado recursos públicos por meio do repasse de parte dos salários de seus assessores. A prática, conhecida como rachadinha, é considerada crime de peculato e formação de quadrilha.
Entenda o caso
As suspeitas contra Muller surgiram após denúncias de funcionários que trabalharam em seu gabinete. Eles afirmaram que eram obrigados a devolver parte de seus vencimentos para o deputado ou para pessoas próximas a ele.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia pedido o afastamento do parlamentar, alegando risco de continuidade das irregularidades. A Justiça acatou o pedido e determinou que Muller deixe o cargo imediatamente.
Repercussão política
O caso já causa repercussão na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde Muller ocupava uma cadeira. Líderes partidários se pronunciaram sobre o assunto, defendendo a apuração rigorosa dos fatos.
Esta não é a primeira vez que o nome do deputado aparece em investigações. Em 2023, ele já havia sido alvo de uma CPI que apurava irregularidades na administração pública.
O afastamento de Muller tem validade até que as investigações sejam concluídas. Caso seja comprovada sua participação no esquema, ele poderá responder criminalmente e até perder o mandato.