
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, determinou a exoneração de um auditor fiscal da Receita Federal envolvido em um esquema de extorsão durante a Operação Lava Jato. O servidor, cujo nome não foi divulgado oficialmente, utilizava sua posição para cobrar propinas de empresários ameaçados pela força-tarefa.
Abuso de poder
Segundo apurações, o auditor atuava como "facilitador" para empresários que estavam na mira da Lava Jato, prometendo influenciar investigações em troca de vantagens financeiras. O esquema funcionava há anos e só veio à tona após denúncias anônimas.
Reação do governo
Haddad foi enfático ao afirmar que "não tolerará qualquer tipo de irregularidade" dentro da Receita Federal. A demissão do servidor ocorreu de forma sumária, sem direito a defesa prévia, medida permitida em casos de comprovada má-fé.
Impactos na Lava Jato
O caso reacende o debate sobre os métodos questionáveis utilizados durante a operação. Especialistas apontam que situações como esta ajudam a explicar parte das críticas à Lava Jato, que frequentemente era acusada de excessos e perseguições seletivas.
A Receita Federal informou que vai apurar se outros servidores estavam envolvidos no esquema e se comprometeu a adotar medidas para evitar novos casos semelhantes.