
Parece que a criatividade para desviar dinheiro público não tem limites. E o caso que vem à tona agora é daqueles que deixam qualquer cidadão de cabelo em pé - e não é exagero.
Uma servidora, imagine só, conseguiu o feito extraordinário de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Pelo menos no papel, porque na prática a história era bem diferente.
O jogo duplo que não passou despercebido
Enquanto você se desdobra para pagar as contas no fim do mês, essa funcionária pública achou uma solução... digamos, pouco ortodoxa. Ela acumulava tranquilamente um salário na Câmara dos Deputados, trabalhando para o deputado Motta, e ao mesmo tempo recebia como médica em prefeituras.
Pois é. Dois empregos públicos simultâneos. Alguém aí lembra que isso é proibido? Parece que não.
Como isso foi possível?
A pergunta que não quer calar: como alguém consegue ser contratado em dois cargos públicos ao mesmo tempo? O sistema de fiscalização, pelo visto, estava tirando uma soneca.
Os detalhes são preocupantes. Enquanto constava como funcionária da Câmara, ela também aparecia nos quadros de municípios exercendo medicina. Alguém poderia pensar que são cargos compatíveis, mas a verdade é que ninguém consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo - a não ser que tenha superpoderes.
E adivinhem quem patrocinava essa mágica? O deputado Motta, que agora tem que explicar como uma funcionária fantasma parou em seu gabinete.
As consequências começam a aparecer
O Ministério Público já acordou para o caso - melhor tarde do que nunca, não é mesmo? E as investigações mostram que não se trata de um simples erro de cadastro.
Estamos falando de um esquema que drenou recursos públicos por um bom tempo. Dinheiro que poderia estar sendo usado em saúde, educação ou segurança acabou indo parar no bolso de quem claramente não precisava.
O que mais assusta é a naturalidade com que essas coisas acontecem. Como se fosse normal, sabe?
O que diz a lei
Para quem não sabe, o acumulo de cargos públicos é expressamente proibido pela Constituição. Mas parece que alguns acham que as regras são só para os outros.
Agora o caso está nas mãos da Justiça, e as penas podem ser severas - perda do cargo, ressarcimento dos valores e até inelegibilidade. O problema é que, enquanto a Justiça não age, o erário público continua sangrando.
E o pior: quantos casos como esse ainda não foram descobertos?
Um padrão que se repete
O que me deixa realmente pensativo é que isso não é caso isolado. Todo mês aparece um escândalo novo, uma maracutaia diferente. E o cidadão comum fica se perguntando: quando é que isso vai acabar?
Enquanto alguns se aproveitam do sistema, a maioria dos servidores públicos trabalha honestamente. Mas são casos como esse que mancham a imagem de todos.
O deputado Motta, claro, vai ter que se explicar. E não vai ser fácil.
No fim das contas, quem paga a conta somos nós, contribuintes. E cansei de ver minha grana indo embora sem retorno nenhum. Você também, né?