Fim da Tornozeleira: Ex-ajudante de Bolsonaro tem monitoramento encerrado pela Justiça
Ex-ajudante de Bolsonaro tem tornozeleira removida

Em um novo capítulo do processo judicial que investiga supostas irregularidades em cartões de vacina durante o governo Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, teve seu monitoramento eletrônico encerrado pela Justiça Federal.

A decisão marca um ponto significativo no andamento do caso, permitindo que o militar da reserva recupere parte de sua liberdade de locomoção após meses usando o dispositivo de rastreamento.

O que levou à remoção da tornozeleira?

Segundo informações do processo, a medida foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que considerou cumpridos os requisitos para a flexibilização da medida cautelar.

Entre os fatores que pesaram na decisão estão:

  • Colaboração do investigado com as autoridades
  • Ausência de riscos concretos para o andamento do processo
  • Cumprimento das demais condições impostas pela Justiça

Contexto do caso

Mauro Cid estava sendo investigado no âmbito da Operação Venire, que apura supostas inserções irregulares de dados em sistemas do Ministério da Saúde. A investigação busca esclarecer se houve adulteração em registros de vacinação contra COVID-19 de autoridades do governo Bolsonaro.

O ex-assessor militar chegou a ficar presos por meses antes de ser liberado para cumprir medidas cautelares, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica e o impedimento de contato com outros investigados.

Próximos passos

Apesar da remoção do dispositivo de monitoramento, Cid continua respondendo ao processo em liberdade, com outras restrições ainda mantidas pela Justiça. O caso segue sob sigilo judicial parcial, com novas decisões dependendo do desenvolvimento das investigações.

Especialistas em direito penal avaliam que a decisão representa um reconhecimento da cooperação do investigado, mas não necessariamente indica o desfecho final do processo, que continua tramitando na Justiça.