Parece que velhos hábitos realmente custam a morrer. Eduardo Cunha, aquele mesmo que ficou famoso — ou melhor, infame — durante os tempos áureos da Lava Jato, está de volta à ativa. E adivinhem só? Dessa vez ele resolveu testar seus talentos em solo mineiro.
O ex-deputado federal, que chegou a ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro, agora aparece como consultor de uma empresa de mineração aqui em Minas Gerais. Conveniente, não? Principalmente considerando que o setor mineral sempre foi um prato cheio para esquemas duvidosos.
Os Bastidores da Nova Operação
Segundo as investigações que correm em sigilo, Cunha estaria atuando como uma espécie de "facilitador" para a empresa VSM Mineração. O que isso significa na prática? Bom, digamos que ele usa seus contatos políticos — que, convenhamos, ainda são muitos — para abrir portas que normalmente estariam fechadas.
O mais curioso é que tudo isso acontece enquanto ele cumpre o regime semiaberto. Parece que o homem não perde tempo, né? Enquanto alguns tentam se redimir, ele já está planejando o próximo movimento.
O Modus Operandi que Persiste
Os métodos, ao que tudo indica, não mudaram muito. Cunha continua apostando na sua velha cartilha: aproximação de autoridades, promessas de vantagens e aquela velha lábia política que tanto conhecemos. A diferença é que agora o palco é diferente.
Em vez dos corredores de Brasília, ele atua nos escritórios elegantes de Belo Horizonte. Em lugar das negociatas com petrolíferas, agora são as mineradoras que ocupam seu tempo. Mas a essência, ah, essa permanece a mesma.
O que me deixa pensativo: será que não aprendemos nada com todo aquele escândalo? Parece que alguns personagens insistem em reescrever o mesmo roteiro, só mudando o cenário.
As Conexões Perigosas
As investigações mostram que Cunha não está agindo sozinho — o que, convenhamos, não é nenhuma surpresa. Ele mantém vínculos com figuras importantes do cenário político mineiro, incluindo alguns nomes que você provavelmente reconheceria.
E o mais preocupante: essas conexões parecem estar rendendo frutos. A VSM Mineração, por exemplo, conseguiu licenças ambientais com uma agilidade que deixaria qualquer concorrente com inveja. Coincidência? Eu duvido.
O pior de tudo é que essas manobras acontecem enquanto o país ainda tenta se recuperar dos estragos da corrupção descoberta pela Lava Jato. É como se a memória fosse curta demais para alguns.
O Que Esperar do Futuro?
Bom, se o passado nos ensinou alguma coisa, é que Eduardo Cunha não é do tipo que desiste fácil. Ele já demonstrou ser um sobrevivente nato do pantanal político brasileiro.
Mas também há um lado positivo nessa história: as autoridades estão de olho. O Ministério Público e a Polícia Federal acompanham esses movimentos com atenção redobrada. Desta vez, talvez a justiça seja mais rápida.
Enquanto isso, os mineiros — e todos nós — ficamos na torcida para que essa nova empreitada não cause os mesmos estragos das anteriores. Porque, sinceramente, o Brasil já teve sua cota de escândalos para uma boa década.
O tempo dirá se estamos diante de um novo capítulo da velha história de corrupção, ou se finalmente a justiça conseguirá impedir que a história se repita. Eu, particularmente, torço pela segunda opção.
