
Os ventos políticos no Brasil seguem turbulentos, e um novo levantamento do Datafolha joga mais lenha na fogueira. Segundo a pesquisa, uma fatia significativa da população brasileira — para ser mais exato, 54% — acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria ser preso. Os números, divulgados nesta sexta-feira (2), mostram um país dividido, mas com uma inclinação clara.
Os números que falam
Dá para sentir o clima pesado só de olhar para os dados: 54% dos entrevistados são a favor da prisão, enquanto 43% se opõem. Os outros 3%? Bem, esses preferiram não responder ou disseram que não sabem — e quem pode culpá-los, com o cenário político mais confuso que labirinto sem saída?
A pesquisa ouviu 2.016 pessoas em 147 municípios, entre os dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Ou seja, mesmo com uma margem de manobra, a tendência é clara como água de coco no verão.
Divisão geográfica e por faixa etária
Não é surpresa para ninguém que o Nordeste lidera o apoio à prisão, com 64% dos entrevistados batendo o martelo nessa direção. Já no Sul, apenas 38% concordam — e olha que essa região já foi considerada o "curral eleitoral" de Bolsonaro.
Quando o assunto é idade, os mais velhos (acima de 60 anos) são os mais reticentes: só 45% apoiam a medida. Já os jovens entre 16 e 24 anos? Quase seis em cada dez querem ver o ex-presidente atrás das grades.
O contexto que explica (ou complica) tudo
O timing dessa pesquisa não poderia ser mais sugestivo. Desde que deixou o Planalto, Bolsonaro enfrenta uma enxurrada de processos — das joias da Arábia às suspeitas sobre as urnas eletrônicas. Alguns dizem que é perseguição política; outros, justiça finalmente funcionando.
E enquanto isso, o Palácio do Planalto segue observando tudo de camarote. Lula, que já foi vítima do sistema, agora vê seu antigo rival na berlinda. Ironia do destino ou ciclo natural da política brasileira? Difícil dizer.
Uma coisa é certa: com eleições municipais no horizonte, esses números vão ecoar nos gabinetes e nos botecos. E você, de que lado fica nessa história?