
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o senador Cid Gomes (PDT-CE) serão interrogados juntos em uma sala com adaptações especiais, conforme apurou o G1. O depoimento faz parte do inquérito que investiga um suposto plano golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Segundo fontes próximas ao caso, os dois terão assentos lado a lado durante o interrogatório, que ocorrerá em um ambiente preparado para garantir a segurança e o sigilo do procedimento. A decisão de interrogá-los juntos foi tomada pela Justiça após análise de provas e depoimentos colhidos até o momento.
Detalhes do interrogatório
O ambiente onde ocorrerá o interrogatório foi adaptado para atender às necessidades do processo. Entre as mudanças, estão:
- Câmeras de segurança posicionadas estrategicamente
- Sistemas de gravação de áudio e vídeo
- Assentos fixos para os interrogados
- Espaço reservado para advogados de defesa
O interrogatório é considerado crucial para o desfecho do inquérito, que já dura mais de um ano. As autoridades esperam esclarecer o papel de cada um dos envolvidos no suposto plano.
O que dizem as partes
Até o momento, tanto Bolsonaro quanto Cid Gomes negam qualquer participação em atos golpistas. Os advogados de defesa afirmam que seus clientes colaborarão com a Justiça e que os depoimentos ajudarão a esclarecer a verdade.
Por outro lado, o Ministério Público alega ter provas contundentes que ligam os interrogados ao suposto plano. Entre as evidências estariam mensagens trocadas e reuniões secretas realizadas no Palácio da Alvorada.
O caso tem gerado grande repercussão política e divide opiniões entre especialistas e a população. Enquanto alguns veem o interrogatório como um passo importante para a democracia, outros criticam o que chamam de 'perseguição política'.