O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia virou um verdadeiro caldeirão de emoções nesta quinta-feira. E não era pra menos — os deputados tinham nas mãos uma daquelas decisões que ficam marcadas na história política do estado.
De um lado, Binho Galinha, deputado estadual cuja situação mudou radicalmente nos últimos dias. Do outro, 63 colegas que precisavam decidir se mantinham ou não a prisão preventiva dele. O clima? Denso feito neblina de inverno em Vitória da Conquista.
Os números não mentem
Quando a poeira baixou, o placar era bastante revelador: 38 votos a favor de manter o deputado atrás das grades, 25 contra e — atenção aqui — zero abstenções. Parece que ninguém quis se esquivar dessa decisão tão delicada.
E olha, a coisa não foi nada rápida. A sessão começou cedinho, às 9h da manhã, e só terminou quase sete horas depois. Sete horas de debates acalorados, argumentos trocados e muita tensão no ar.
O que levou a essa situação?
Tudo começou com a operação "Policial do Ano", da Polícia Civil. Binho Galinha foi detido na última terça-feira, acusado de integrar uma organização criminosa que atuava no interior baiano. As suspeitas são graves — muito graves, na verdade.
Segundo as investigações, o grupo teria desviado nada menos que R$ 30 milhões dos cofres públicos. O alvo? Convênios entre prefeituras e o Governo do Estado. A quantia é tão expressiva que chega a dar vertigem.
- Desvio de recursos públicos em larga escala
- Atuação em esquema criminoso organizado
- Envolvimento com fraudes em convênios municipais
E tem mais — o Ministério Público alega que o deputado representava "risco concreto à ordem pública". Alegam que ele poderia atrapalhar as investigações ou até mesmo fugir. Argumentos fortes, convenhamos.
E agora, José?
Com a decisão da Assembleia, Binho Galinha continua no Centro de Prisão Provisória de Salvador. Seu futuro político? Bem, isso é uma outra história que ainda está sendo escrita.
O caso já causa rebuliço nos corredores do poder baiano. Muitos se perguntam quais serão os próximos capítulos desse drama político — e que efeitos ele terá nas eleições que se aproximam.
Uma coisa é certa: a política baiana nunca será a mesma depois desse episódio. E os baianos, esses, ficam observando tudo com atenção, esperando que a justiça — finalmente — prevaleça.
