Em uma movimentação política de emergência, advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro participaram ativamente de uma reunião do PL nesta segunda-feira, 25 de novembro de 2025. O encontro foi convocado pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, horas após a decretação da prisão preventiva do ex-mandatário.
Reunião de emergência reúne aliados
O encontro contou com mais de 50 participantes, incluindo parlamentares, integrantes da defesa do ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A Superintendência da Polícia Federal em Brasília se tornou o local onde Bolsonaro permanece custodiado, enquanto seus aliados articulam a resposta política.
Os advogados da defesa apresentaram detalhes técnicos sobre o que classificam como "irregularidades nos processos" que resultaram na condenação e prisão de Bolsonaro. O objetivo era fornecer embasamento jurídico para que os parlamentares possam fortalecer seus argumentos em debates e votações futuras.
Estratégia para o PL da Anistia
O projeto de lei da Anistia emerge como peça central na estratégia política. Se aprovado, o texto poderá beneficiar não apenas o ex-presidente, mas também outros condenados pelos eventos do 8 de janeiro.
Ao final da reunião, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, deixou clara a posição do grupo. "O próximo passo da oposição será pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta", declarou o parlamentar, referindo-se ao avanço do PL da Anistia na Casa.
Posicionamento sobre o texto da Anistia
Flávio Bolsonaro reafirmou que a bancada defenderá uma versão "ampla, geral e irrestrita" do projeto de anistia. A declaração representa uma rejeição clara à possibilidade de um texto alternativo, como aquele relatado por Paulinho da Força, que prevê apenas a redução de penas para os condenados.
A articulação política demonstra que a defesa de Jair Bolsonaro e seus aliados partidários estão coordenando esforços para enfrentar judicial e legislativamente as consequências da prisão do ex-presidente.
