
Era pra ser mais uma viagem rotineira entre estados, mas o que a Polícia Rodoviária Federal encontrou num ônibus que cortava a Zona da Mata mineira na tarde dessa segunda-feira (25) foi tudo, menos normal. Um passageiro, supostamente comum, carregava nada menos que 2.144 pinos de cocaína – uma quantidade que deixou até os agentes mais experientes de queixo caído.
O flagrante aconteceu num posto da PRF em Além Paraíba, cidade que virou palco dessa operação de tirar o fôlego. A abordagem, diga-se de passagem, foi quase intuitiva. Os policiais, com aquele faro apurado que só anos de estrada dão, resolveram dar uma olhada mais a fundo nas bagagens. E não é que a desconfiança se mostrou mais que fundada?
A surpresa veio escondida numa mochila – sempre numa mochila, não é? – dentro do bagageiro. Lá estavam eles: milhares de pinos cuidadosamente embalados, prontos para abastecer o comércio ilegal nas ruas. O valor estimado dessa pequena fortuna do crime? Algo em torno de R$ 107 mil. Dinheiro que, graças à ação rápida dos federais, não vai chegar às mãos de traficantes.
O Suspeito e a Viagem
O homem preso, um paranaense de 36 anos, seguia de Curitiba com destino final em Juiz de Fora. A escolha do transporte interestadual não foi por acaso – é uma tática clássica do tráfico, que aproveita o fluxo constante de pessoas e bagagens para tentar passar despercebido. Dessa vez, a estratégia falhou redondamente.
O que me impressiona, sinceramente, é a audácia. Transportar uma carga dessas, sabendo dos riscos, exige uma dose absurda de temeridade ou desespero. O suspeito, é claro, não falou muita coisa. Ficou na dele, enquanto os agentes contavam, um por um, os mais de dois mil pinos. Imagina o trabalho, hein?
As Consequências
Além da óbvia apreensão da droga, o homem foi levado para a delegacia e agora responde por tráfico de drogas. A pena? Pode chegar a 15 anos de cadeia. Um preço altíssimo por uma viagem que definitivamente não saiu como planejado.
Essa operação mostra, mais uma vez, como o trabalho incessante da PRF é vital para cortar o fluxo de entorpecentes pelo país. E serve de alerta: os métodos podem ser variados, mas a vigilância das estradas não para nunca. Para quem acha que pode usar o transporte coletivo como camuflagem, é melhor repensar.