
Imagine começar o dia no trabalho e, de repente, ter a sua rotina virada de cabeça para baixo por dois indivíduos armados. Foi exatamente o que aconteceu com uma atendente de uma casa lotérica em Feira de Santana, no interior baiano, nesta quarta-feira (28).
Por volta das 9h da manhã, tudo parecia normal. O movimento ainda era tranquilo, aquele clima característico do começo do expediente. Mas a calmaria durou pouco. Dois homens, nitidamente armados, invadiram o estabelecimento com uma determinação que gelou o sangue. A ordem foi clara e direta: colaboração ou violência. A funcionária, sozinha no momento, não teve alternativa a não ser seguir as instruções dos assaltantes.
O que se seguiu foi um procedimento quase "protocolar" para esse tipo de crime, mas que não tira nem um pouco o trauma. Os bandidos, agindo com frieza, recolheram todo o dinheiro que encontraram nas gavetas e nos caixas. A quantia exata? Algo em torno de setenta mil reais. Uma fortuna que evaporou em questão de minutos.
Uma fuga e um rastro de perguntas
E como se não bastasse a audácia do crime em plena luz do dia, a dupla ainda conseguiu sumir sem deixar pistas evidentes. Testemunhas afirmam que eles fugiram a pé, misturando-se à população nas movimentadas ruas do bairro Queimadinha. Sumiram como fantasmas, deixando para trás apenas o medo e a sensação de impotência.
A Polícia Militar foi acionada rapidamente, mas, como era de se esperar, quando chegou ao local os homens já não estavam mais lá. Agentes colheram imagens das câmeras de segurança do estabelecimento – que, convenhamos, são mais uma testemunha muda desse tipo de situação do que uma prevenção de fato. As investigações agora correm para tentar identificar e capturar os responsáveis.
É aquele velho sentimento de insegurança que assombra pequenos comerciantes e funcionários. Um roubo desses não é só uma perda financeira; é uma violação, um evento que deixa marcas profundas. A funcionária, é claro, ficou tremendamente abalada, mas felizmente não sofreu agressões físicas. O psicológico, esse sim, levou um golpe dos grandes.
Esse caso joga um holofote cruel sobre uma realidade persistente: a onda de assaltos a estabelecimentos comerciais, que parecem se repetir com uma frequência assustadora. A pergunta que fica, e que ninguém consegue responder direito, é: quando é que a gente vai conseguir virar esse jogo?