PR: Suspeito é preso após idosa e filho desaparecerem em caso que choca o interior
PR: Suspeito preso por desaparecimento de idosa e filho

Um silêncio pesado paira sobre a pequena Marte, no norte pioneiro do Paraná. Há exatamente uma semana, duas cadeiras vazias na mesa de jantar da família anunciavam o início de um mistério que até agora não foi solucionado. Sumiram do mapa Maria Aparecida Tomé, uma senhora de 87 anos, e seu filho, José Roberto Tomé, de 58.

Agora, uma nova peça — sombria e inquietante — se encaixa nesse quebra-cabeça: a Polícia Civil prendeu em flagrante, na tarde desta segunda-feira (25), um homem de 36 anos. Ele é suspeito de ter participado diretamente do desaparecimento dos dois.

Detalhes que arrepiam

Nada de cena de crime clássica, com sangue ou arrombamento. A casa onde mãe e filho viviam, no distrito de São Carlos, estava intacta. Mas foi justamente essa normalidade que acendeu o alerta. Chaves, documentos, celulares… Tudo no lugar. Só as pessoas não.

— É como se tivessem evaporado — comentou um vizinho, que preferiu não se identificar.

A investigação, conduzida pelo Delegado Charles Sebold, apura se o suspeito detido praticou homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Sim, o tom é grave. A prisão foi decretada após a análise de imagens de câmeras de segurança que flagraram o homem saindo da residência das vítimas no dia do desaparecimento.

Quem é o suspeito?

O homem preso não era um desconhecido. Pelo contrário. Tinha vínculos com a família e era visto com certa frequência na propriedade. A motivação? Ainda é um ponto cego. Os investigadores trabalham com a hipótese de que o crime pode ter sido encomendado — uma trama que vai muito além das aparências pacatas do interior.

— Estamos diante de um caso complexo, que exige apuração minuciosa. Cada hora é crucial — afirmou o delegado, em entrevista coletiva.

Operação de buscas continua

Enquanto o suspeito é interrogado, as buscas por Maria e José Roberto não param. Helicópteros, cães farejadores e equipes a pé vasculham a região rural de Marte. A esperança — ainda que tênue — move parentes e voluntários.

— Eles eram pessoas simples, quietas. Não fazem inimigos. O que pode ter acontecido? — desabafa uma prima das vítimas.

O caso, que comoveu o estado, segue sob sigilo. Novos desdobramentos são esperados a qualquer momento. Afinal, em cidades pequenas, alguns segredos são grandes demais para ficarem escondidos por muito tempo.