Imagine só: você está no seu local de trabalho, dedicado a salvar vidas, e de repente vira alvo da própria pessoa que veio ajudar. Foi exatamente esse pesadelo que se tornou realidade no pronto-socorro de Castro, aqui no Paraná. Na tarde de quarta-feira (27), o que era para ser um dia comum de trabalho se transformou em uma cena de horror.
O caso – francamente bizarro – foi registrado pelas câmeras de segurança. E olha, o vídeo é de cortar o coração. Dá pra ver claramente o profissional de enfermagem, um homem de 47 anos que dedicou a vida aos outros, sendo surpreendido por uma investida brutal. O agressor, um paciente de 32 anos, sacou uma faca e partiu para cima, desferindo golpes à queima-roupa.
O motivo? Segundo as primeiras informações, uma recusa. O enfermeiro teria dito "não" a um pedido específico do paciente, que não teve a menor hesitação em reagir com extrema violência. Coisa de doido, literalmente.
Caos e Coragem no PS
O que se seguiu foi puro caos. Gritos. Correria. Medo. Mas também actos de bravura impressionantes. Colegas de trabalho, outros heróis de branco que vivem na linha de frente, não pensaram duas vezes. Eles se jogaram na frente para tentar conter o agressor, um verdadeiro ato de coragem considerando que o homem ainda estava armado e claramente fora de si.
Conseguiram imobilizá-lo, mas o estrago já estava feito. O enfermeiro atingido foi levado ás pressas para o centro cirúrgico. Felizmente – e pasme – os ferimentos não eram graves. Um alívio num mar de absurdo. Ele recebeu alta ainda na quarta-feira, mas carrega agora marcas que vão muito além das físicas.
E o Agressor?
O tal paciente, após ser contido, foi... internado. Isso mesmo. Encaminhado para uma unidade de saúde mental para avaliação e tratamento. A Polícia Militar registrou a ocorrência, mas o caminho aqui parece ser o da saúde, não da cadeia – pelo menos por enquanto. A delegacia responsável vai investigar o caso a fundo, é claro. Tentativa de homicídio é crime gravíssimo, com ou sem surto.
O caso escancara uma ferida que sangra há tempos: a violência contra os profissionais de saúde. Esses anjos da guarda que a gente aplaude da varanda estão cada vez mais vulneráveis dentro dos seus próprios postos. É de deixar qualquer um com um nó na garganta. Até quando?
