Parece que a máfia dos combustíveis encontrou seu epicentro financeiro bem no coração do agronegócio paulista. E olha, a coisa é grande — grandiosa mesmo. A Receita Federal acaba de desvendar uma teia complexa de empresas de fachada que serviam como lavanderia de luxo para o Primeiro Comando da Capital.
Ribeirão Preto, aquela cidade que você associa a café forte e negócios prósperos, abrigava o centro nervoso dessa operação bilionária. Querem saber de um número que dá vertigem? R$ 5,6 bilhões. Isso mesmo, bilhões com B. É dinheiro que não cabe no bolso, é dinheiro que desafia a imaginação.
Como funcionava a engrenagem do crime
O esquema — astuto, diga-se — usava um artifício conhecido como "rachadinha fiscal". Não, não era nada simples. Empresas de papel, essas tais "laranjas avançadas", emitiam notas frias para distribuidoras de combustíveis sérias. Criava-se um crédito fiscal fictício, um verdadeiro castelo de cartas contábeis.
Os investigados... bem, esses caras não eram amadores. Eles se infiltravam no mercado legal como se fossem empresários legítimos. Mas no fundo, a máquina de lavar dinheiro funcionava a todo vapor, financiando who-knows-what do crime organizado.
As investigações e o que vem por aí
A operação "Lacta" — quem escolhe esses nomes, hein? — não veio do nada. Dois anos de investigação minuciosa, um quebra-cabeça de dar dor de cabeça. E o que a Receita encontrou? Quase seis dezenas de empresas envolvidas, todas tecendo essa rede de fraudes.
E não pense que foi algo pequeno. Sete mandados de busca e apreensão foram executados só em Ribeirão. A força-tarefa não estava para brincadeira. Agora, os envolvidos enfrentam acusações sérias: formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação... a lista é longa.
O mais preocupante? Esse dinheiro todo — essa montanha de recursos — alimentava as atividades criminosas do PCC. É assustador pensar como o crime se entranha na economia formal, quase como um parasita sofisticado.
Ribeirão Preto, agora, está no centro de um dos maiores casos de fraude fiscal já desmontados no país. E a pergunta que fica é: quantos outros esquemas like this estão operando por aí, bem debaixo dos nossos narizes?
