A CPI do Crime Organizado do Senado Federal realiza nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2025, uma audiência crucial com dois importantes nomes no combate ao crime organizado no Brasil. O promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco do Ministério Público de São Paulo, e Antônio Glautter de Azevedo Morais, diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, foram convocados para prestar depoimentos.
Promotor é referência no combate ao PCC
Lincoln Gakiya é considerado uma das maiores autoridades na investigação das atividades do Primeiro Comando da Capital. O promotor investiga a facção criminosa desde o início dos anos 2000 e acumula vasto conhecimento sobre a atuação da organização em todo o território nacional.
Um fato que demonstra a relevância de Gakiya no enfrentamento ao PCC é que ele próprio foi alvo de um plano de execução pela facção, que foi frustrado pela polícia de São Paulo. Esta não será a primeira vez que o promotor enfrenta ameaças devido ao seu trabalho no combate ao crime organizado.
Coordenação entre órgãos é fundamental
O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), destacou em seu convite que o enfrentamento eficaz ao crime organizado exige uma atuação coordenada entre múltiplas esferas do Poder Executivo. Segundo o parlamentar, é necessária uma abordagem que vá desde a inteligência estratégica até a repressão qualificada e o controle do sistema prisional.
Vieira ressaltou ainda que "o crime organizado moderno atua em diversas frentes: tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, contrabando, descaminho e infiltração em setores da economia e do próprio Estado".
Inteligência penal em foco
O outro convidado para a sessão da CPI, Antônio Glautter de Azevedo Morais, dirige o órgão responsável pela inteligência do sistema penal nacional, subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua participação é considerada essencial para entender a dimensão nacional das operações do crime organizado.
A audiência representa um marco importante nas investigações da comissão parlamentar, que busca compreender a abrangência das atividades criminosas e elaborar propostas para fortalecer o combate a organizações como o PCC em todo o Brasil.
