
Era como se tivessem um radar dentro das próprias operações. Dois indivíduos, agora atrás das grades em Pernambuco, não apenas sabiam que estavam na mira da polícia como ainda trocavam informações sobre a atuação dos agentes – um verdadeiro jogo de gato e rato que deixou até investigadores experientes de cabelo em pé.
O delegado Felipe Amorim, da gloriosa FELCA (Força Estadual de Repressão ao Crime Organizado), soltou o verbo nesta quarta-feira (27) e contou detalhes que parecem saídos de um roteiro de filme. Os dois suspeitos, presos preventivamente desde terça-feira (26) em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, não eram amadores. Longe disso.
Parece que a gente vive mesmo uma era de informação, né? Até no mundo do crime a inteligência corre solta. Pelas investigações, os caras conversavam abertamente sobre o trabalho da polícia, como se estivessem acompanhando cada movimento. Isso é, no mínimo, para dar arrepios.
As ameaças que ecoaram nas celas
E não parou por aí. O delegado Amorim foi direto ao ponto: os investigados não ficaram só na conversa fiada. Partiram para as ameaças contra os integrantes da FELCA. Imagina a coragem? Ameaçar justamente quem está te caçando é de uma ousadia que beira a insanidade.
As prisões foram autorizadas pela 3ª Vara Criminal da Capital, e tudo rolou através de uma investigação da própria FELCA. Os nomes dos presos? A Polícia Civil ainda segura essa informação, mas já adiantou que os dois são investigados por fazer parte de uma organização criminosa – daquelas bem estruturadas, que não brincam em serviço.
O que vem por aí?
O delegado deixa claro: essa história está longe de acabar. As investigações continuam a pleno vapor para desvendar até onde ia essa rede de informações e quem mais pode estar envolvido nessa trama. Uma coisa é certa: a polícia pernambucana não está para brincadeira.
O recado que fica é que, por mais que tentem se esconder ou até intimidar, a lei sempre acaba chegando. E, pelo visto, com a força total.