Uma mulher de 23 anos foi presa nesta terça-feira (2) na Zona Leste de São Paulo, suspeita de fazer parte de uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros contra aposentados. A quadrilha se passava por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para enganar idosos na região da Baixada Santista.
Operação policial prende integrante da quadrilha
A prisão foi realizada a partir de um mandado de prisão temporária, expedido a pedido da Polícia Civil. A ação é um desdobramento de uma operação realizada em setembro, quando um homem de 46 anos, apontado como chefe do grupo, foi detido. As investigações são conduzidas pelo 2° DP de Praia Grande, sob o comando do delegado Pedro Henrique Alonso.
Durante a operação desta terça-feira, os policiais apreenderam um telefone celular, que será periciado para contribuir com as investigações e identificar possíveis cúmplices e outras vítimas. Em um segundo endereço também visitado na Zona Leste, outro alvo da ação não foi localizado. A operação contou com o apoio do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra).
Modus operandi dos golpistas do INSS
Os criminosos atuavam com um método específico para se aproximar das vítimas. Eles utilizavam uniformes e crachás falsos do INSS para ganhar a confiança dos idosos. A abordagem consistia em alegar a necessidade de realizar a chamada "prova de vida", um procedimento legítimo do instituto, mas que servia de pretexto para aplicar os golpes financeiros.
De acordo com as investigações, a quadrilha já tinha feito ao menos 40 vítimas na região da Baixada Santista. O prejuízo total causado pelos golpes é estimado em cerca de R$ 300 mil. As investigações continuam em andamento para localizar um terceiro suspeito envolvido com o esquema.
Investigações continuam para localizar outros suspeitos
A polícia reforça a importância de que os aposentados e pensionistas desconfiem de abordagens inesperadas, mesmo que os indivíduos se apresentem com uniformes e identificações. O INSS não realiza a prova de vida de forma surpresa nas residências sem agendamento prévio. A orientação é sempre confirmar a identidade do servidor e, em caso de dúvida, ligar para uma agência oficial do instituto antes de fornecer qualquer informação ou documento.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer a extensão completa da operação criminosa e identificar todas as vítimas.