
Numa ação que misturou sorte, investigação e um tanto de ousadia, a polícia de Pernambuco deu um golpe certeiro no tráfico de drogas. Tudo começou com uma encomenda aparentemente comum — dessas que passam despercebidas nos Correios diariamente. Mas algo nela chamou atenção: o pacote, enviado de origem não revelada, tinha um "cheiro" estranho para os olhos treinados dos agentes.
Quando abriram, lá estavam eles: nada menos que 980 comprimidos de ecstasy, escondidos como quem não quer nada. A droga, que faz a cabeça de muitos em festas e baladas, estava avaliada em uma pequena fortuna no mercado negro. E o destinatário? Um homem de 32 anos, que caiu como um patinho ao ir buscar seu "presente" no centro de distribuição dos Correios no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
A armadilha perfeita
Segundo fontes próximas ao caso, a operação foi montada após denúncias anônimas — essas sim, verdadeiros presentes para a polícia. Os agentes ficaram de tocaia, esperando o suspeito como um gato espera o rato. E não deu outra: no momento em que ele assinava o recebimento, foi abordado sem chance de reação.
"Ele nem teve tempo de entender o que aconteceu", contou um dos policiais envolvidos, que preferiu não se identificar. "Um segundo estava pegando a encomenda, no seguinte já estava com as algemas."
O que diz a lei
O caso, que parece saído de um episódio de série policial, pode render ao acusado uma estadia prolongada atrás das grades. Traficar drogas no Brasil é crime hediondo, com pena que varia de 5 a 15 anos de prisão. E convenhamos: quase mil comprimidos não é exatamente para "uso pessoal", como alguns tentam alegar.
Enquanto isso, a polícia segue investigando a origem da encomenda. Seria apenas a ponta de um iceberg? Quem mandou aquela quantidade absurda de pílulas? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar — mas que os investigadores prometem responder em breve.