Operação da Polícia desmonta quadrilha que furtava peças de ônibus em São José do Rio Preto
Polícia prende suspeitos de furtar peças de ônibus

Era uma operação que vinha sendo costurada há tempos nos bastidores. A Polícia Civil, em uma ação discreta mas precisa, colocou fim às atividades de um grupo que especializou-se em um tipo específico de crime: o furto de peças eletrônicas de ônibus.

Na última segunda-feira, por volta das 5h da manhã, enquanto a cidade ainda dormia, os policiais colocaram em prática a "Operação Componentes", que resultou na prisão em flagrante de dois homens. Eles foram surpreendidos com as mãos na massa — ou melhor, nos fios.

O modus operandi da quadrilha

Essa turma não era de amadores. Tinha método. Agiam preferencialmente durante a madrugada, escolhendo veículos estacionados em terminais e garagens. Os alvos? Componentes de alto valor no mercado paralelo: módulos eletrônicos, displays, sistemas de cobrança — peças que, segundo investigações, eram revendidas a preços que chegavam a milhares de reais.

O que mais chama atenção é a audácia. Em um dos casos investigados, os criminosos simplesmente entraram em uma garagem particular e removeram peças de três ônibus de uma só vez. Parece coisa de filme, mas era a realidade do crime organizado agindo na nossa frente.

As consequências para o transporte

E o prejuízo vai muito além do valor das peças furtadas. Cada vez que um ônibus fica parado para reparo, dezenas — às vezes centenas — de passageiros são afetados. É um efeito dominó que prejudica trabalhadores, estudantes, toda a cidade.

As empresas de transporte, que já enfrentam tantas dificuldades, arcam com custos extras que, no final das contas, recaem sobre todos nós. E pensar que isso acontecia de forma sistemática, calculada, como se fosse um negócio comum.

O desfecho da operação

Durante as buscas, os policiais apreenderam diversos componentes eletrônicos — a prova material de que estavam no caminho certo. Dois homens, de 28 e 32 anos, não tiveram como negar a participação quando foram flagrados em ação.

Agora, respondem pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A investigação, no entanto, não para por aí. Os policiais acreditam que o grupo possa ter envolvimento com outros casos similares na região.

Quem diria que peças de ônibus poderiam se tornar commodity do crime? Pois é, a criatividade dos marginais parece não ter limites. Mas, pelo menos por enquanto, essa quadrilha específica vai ter que fazer uma pausa forçada em suas atividades.