
Era supostamente mais uma residência de alto padrão no bairro Caiçara, região Leste de Belo Horizonte. Mas por trás das portas fechadas, uma operação sinistra estava em pleno vapor. A Polícia Civil mineira acabou de desvendar um sofisticado — e lucrativo — laboratório de cocaína que funcionava ali, bem debaixo dos narizes dos vizinhos.
Dois homens, de 28 e 30 anos, não tiveram para onde correr e foram detidos no local. A cena era digna de um filme policial: equipamentos de precisão, produtos químicos espalhados por toda parte e uma quantidade absurda da droga em várias etapas de produção.
O que a polícia encontrou? A lista de material apreendido é longa e impressiona pela ousadia:
- Quase 10 quilos de cocaína já pronta para o vendinha de rua
- Outros 15 quilos de pasta base, a matéria-prima crua do entorpecente
- Um verdadeiro kit de fabricação: prensas hidráulicas, balanças de precisão e uma porção de solventes e ácidos químicos perigosíssimos
Não foi por acaso que a batida aconteceu. A investigação começou há tempos, com aquele trabalho de formiguinha de inteligência — vasculhando pistas, cruzando dados e monitorando suspeitos. Tudo culminou com um mandado de busca judicial que revelou a farsa da casa familiar.
Um negócio bilionário interrompido
Os investigadores calculam que, sozinho, aquele laboratório já tinha capacidade de produzir nada menos que 50 quilos de cocaína por mês. Fazendo uma matemática rápida — e assustadora — estamos falando de um prejuízo de milhões de reais por mês para a organização criminosa que comandava a fábrica.
Os dois presos agora respondem por associação para o tráfico e produção de drogas. E olha, a coisa não deve parar por aí. A polícia acredita que esse ponto era apenas uma engrenagem numa rede muito maior, que espalhava a droga por Minas e provavelmente por outros estados. As investigações, como se diz no jargão, continuam em sigilo.
Mais um capítulo — tenso e violento — da guerra contra o narcotráfico é escrito em BH. E a sensação que fica é a de que, por mais que se apreenda, o problema ainda está longe de acabar.