
Era um dia comum em Belo Horizonte quando os agentes deram o bote. De repente, aquilo que parecia um galpão industrial comum revelou seu segredo: caixas e mais caixas de frascos com líquido transparente. A cetamina - ou 'Special K', como é chamada nas pistas de dança - estava ali, pronta para alimentar o submundo das drogas sintéticas.
A operação conjunta entre as polícias de Minas e do DF não foi brincadeira. Mais de 3.700 frascos apreendidos, gente. Isso dá o que? Um caminhão de anestésico veterinário desviado para fins nada medicinais. "A gente sabia que tinha coisa errada", contou um dos investigadores, que preferiu não se identificar. "Mas quando abrimos os containers... putz!"
Da clínica veterinária para as baladas
Quem diria que um remédio usado para sedar cavalos viraria a nova febre das festas eletrônicas? Pois é. A cetamina, quando usada em humanos, pode causar desde alucinações até paradas respiratórias - sem contar aquelas histórias de gente que acorda no meio da rua sem lembrar de nada.
Os investigadores explicam que o esquema era sofisticado:
- Os frascos vinham com rótulos falsos de produtos farmacêuticos
- O transporte era feito em veículos com compartimentos ocultos
- A distribuição acontecia principalmente em festivais de música eletrônica
Não foi fácil chegar até os responsáveis. "Eles mudavam de endereço toda semana", revelou um delegado. "Usavam aplicativos de mensagem criptografada e pagamentos em criptomoedas." Tecnologia a serviço do crime, né?
O que acontece agora?
Além da apreensão recorde, quatro pessoas já foram presas - e os nomes? Bom, esses a gente só descobre quando o juiz autorizar. O material apreendido vai ser destruído, claro, mas o trabalho continua. Afinal, como dizem os policiais: "onde tem demanda, sempre aparece alguém querendo fornecer".
Enquanto isso, nas ruas de BH e Brasília, a operação deixou um recado claro: a festa acabou para os traficantes de drogas sintéticas. Pelo menos por enquanto.