
O que parecia coisa de filme de ação virou realidade no Rio de Janeiro. A Polícia Federal, numa jogada de mestre, colocou na mira — e daí o nome da operação — uma quadrilha especializada num crime que, convenhamos, não é exatamente comum: o furto de transformadores de energia.
Pois é, enquanto a maioria de nós se preocupa com celular e carteira, esses caras miravaram em equipamentos pesados, complexos e, pasmem, extremamente perigosos. A ganância, como sempre, falou mais alto.
Como funcionava o esquema?
O modus operandi — como dizem os delegados — era bem organizado. A coisa não era simples, não. Primeiro, identificavam subestações e pontos estratégicos. Depois, partiam para a ação, geralmente à noite, quando o movimento diminuía.
O mais impressionante? Eles tinham conhecimento técnico. Não eram amadores tentando a sorte. Sabiam desmontar os equipamentos, isolar componentes e, o que é pior, manusear algo que poderia causar acidentes gravíssimos.
Imagina só — uma descarga elétrica dessas não brinca em serviço. Mas parece que o risco era calculado, ou melhor, ignorado em nome do lucro.
As consequências vão além do prejuízo financeiro
O estrago foi considerável. Sabe aquela sensação chata quando falta luz? Pois é, algumas comunidades sentiram na pele o resultado desses furtos. E não era por causa de chuva ou problema técnico — era pura e simples ação criminosa.
Hospitais, comércios, residências — todo mundo na mesma situação por causa de meia dúzia que resolveu ganhar dinheiro fácil às custas do bem-estar coletivo.
O prejuízo, segundo as investigações, chegava a milhões. Os transformadores, quando novos, custam uma pequena fortuna. E o custo de reposição? Aí é que a conta realmente fica salgada.
A virada do jogo
A PF não entrou nessa de qualquer jeito. Foram meses de trabalho discreto, acompanhando movimentos, identificando integrantes e, o mais importante, reunindo provas sólidas.
Nada de ação espetaculosa sem fundamento. A coisa foi feita com paciência de ourives — cada detalhe minuciosamente analisado antes de dar o bote final.
E o bote veio com tudo: mandados de busca e apreensão cumpridos, documentos apreendidos e, claro, os alvos principais sendo levados para prestar contas à Justiça.
Parece que o jogo virou, e dessa vez a lei está ganhando.
O que esperar agora?
Com a quadrilha desarticulada, a expectativa é de respiro para o sistema elétrico nas áreas afetadas. Mas fica o alerta — crimes como esse mostram como a criatividade dos marginais parece não ter limites.
Quem diria que transformadores, aqueles equipamentos que a gente nem nota no dia a dia, seriam alvo de organização criminosa? Pois é, no Rio de Janeiro, até isso virou commodity ilegal.
Resta torcer para que a operação sirva de exemplo e iniba outros grupos de seguir pelo mesmo caminho. Porque, no final das contas, quem paga o pato somos sempre nós, cidadãos comuns.