PCC Infiltra Setor Sucroalcooleiro e Extorque Empresários em SP: Entenda o Esquema
PCC infiltra setor de cana e extorque empresários em SP

Parece que o crime organizado decidiu diversificar seus investimentos — e escolheu um setor que é a cara do Brasil: o sucroalcooleiro. Uma investigação de quebrar o queixo, conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais de Presidente Prudente, escancara um esquema sinistro do PCC para infiltrar e dominar negócios de cana-de-açúcar no oeste de São Paulo.

Não é brincadeira não. Os caras tão usando de tudo: desde ameaças veladas até aquela intimidação clássica, da pesada mesmo. Dois empresários do ramo já se tornaram alvos — um deles, inclusive, chegou a registrar boletim de ocorrência após receber uma ligação que, convenhamos, ninguém gostaria de receber num dia qualquer.

O Modus Operandi que Assusta

O negócio é bem articulado, pra variar. Eles não chegam chegando com tudo — vão com calma, sondando, estudando o terreno. A investigação aponta que os criminosos se passam por compradores interessados, marcam reuniões, avaliam a estrutura das usinas e só então partem para a ameaça direta. É uma estratégia fria, calculista.

Um dos casos mais emblemáticos aconteceu em Junqueirópolis, onde um empresário foi literalmente cercado por homens que se identificaram como membros da facção. Imagina a cena: você, no seu local de trabalho, sendo coagido a ceder espaço — e grana — pra uma organização criminosa. De arrepiar.

Não é Isolado: A Abrangência do Problema

O que mais preocupa — e muito — é que isso não parece ser caso isolado. A polícia suspeita que a prática já se espalhou por outras cidades da região, como Dracena e Adamantina. O PCC, sabidamente, não brinca em serviço quando decide 'ampliar seus horizontes empresariais'.

E olha, não é só intimidação. Tem grana envolvida, lógico. Valores que beiram os seis dígitos, cobrados como 'taxa de proteção' — ou, pra ser direto, puro e simples extorsão. Quem não paga? Bom, aí a história pode ficar feia. Muito feia.

A Resposta das Autoridades

Percebendo a gravidade da situação, a Polícia Civil decidiu agir. Além dos BOs já registrados, as investigações correm sob sigilo — afinal, mexe com gente grande e perigosa. A Delegacia Regional de Presidente Prudente assumiu o caso, e os agentes trabalham na identificação dos envolvidos.

Não vai ser fácil, claro. O PCC tem tentáculos longos e métodos cada vez mais sofisticados. Mas uma coisa é certa: deixar que o crime se entranhe no setor produtivo é um risco que ninguém pode — ou deveria — correr.

Enquanto isso, os empresários do setor seguem apreensivos. Muitos, com medo de represálias, evitam falar abertamente sobre o assunto. Quem pode culpá-los? É uma situação que, francamente, ninguém merece enfrentar.