
Imagine receber uma videochamada e testemunhar um assassinato ao vivo. Pois é exatamente o que aconteceu numa clínica de recuperação em Várzea Grande, e olha que estamos falando de algo que parece roteiro de filme de terror, mas é a pura realidade.
Na última quarta-feira, por volta das 14h30, dois pacientes - identificados como Misael e Eduardo - foram executados a sangue frio dentro da própria clínica. E o detalhe mais macabro? Tudo aconteceu durante uma videochamada com um dos chefes mais procurados do crime organizado mato-grossense.
O Cenário do Crime
Segundo as investigações iniciais - e aqui a coisa fica ainda mais sinistra - os assassinos invadiram o local anunciando um "procedimento de segurança". Os funcionários foram rendidos e levados para outra sala, completamente alheios ao que estava prestes a acontecer.
Os dois pacientes foram colocados de frente para a câmera do celular. Do outro lado da linha, o suposto mandante assistia tudo em tempo real. Não deu tempo de reação. Os disparos foram efetuados enquanto a videochamada corria, como se aquela vida humana não passasse de mera mercadoria num acerto de contas.
As Investigações
A Polícia Judiciária Civil já trabalha com algumas hipóteses bastante concretas. A principal linha aponta que as execuções seriam uma "vingança" por supostos desvios de drogas que deveriam ser vendidas dentro da própria clínica. Sim, você leu certo: dentro do centro de recuperação.
Os investigadores acreditam que os dois pacientes assassinados faziam parte de uma rede de tráfico que operava dentro da unidade - algo que, convenhamos, mostra como o crime consegue se infiltrar até nos lugares que deveriam ser de acolhimento e cuidado.
Três suspeitos já foram identificados e estão sendo procurados. Dois são apontados como os autores materiais dos crimes, enquanto o terceiro seria o intermediário que agendou a videochamada fatídica. A polícia não descarta que mais pessoas estejam envolvidas.
O Aftermath da Tragédia
O que mais choca nesse caso - além da obvious crueldade - é a frieza com que tudo foi planejado. Marcou a videochamada, conferiu as identidades, autorizou as execuções. Tudo como se estivesse assinando um documento qualquer.
Os funcionários que foram rendidos só perceberam a gravidade da situação quando ouviram os disparos. Ao retornarem à sala, se depararam com os corpos e os assassinos já em fuga. O celular usado para a videochamada? Levado pelos criminosos, claro.
Até o fechamento desta matéria, a clínica encontra-se interditada e sob custódia policial. Os familiares das vítimas foram notificados e recebendo apoio, mas a verdade é que nenhum apoio vai apagar a brutalidade do que aconteceu.
Esse caso expõe, mais uma vez, como as facções criminosas estão se tornando cada vez mais ousadas em seus métodos. Executar pessoas durante uma chamada de vídeo? Isso mostra um nível de arrogância e poderio que é, no mínimo, aterrador.
E agora, a pergunta que fica: até onde vai chegar a ousadia do crime organizado? Se eles não temem cometer atrocidades dessas à luz do dia, imagina o que pode estar acontecendo nas sombras.