Operação Fio Condutor: Polícia desmantela quadrilha especializada em golpes patrimoniais na Bahia
Operação prende 12 por golpes patrimoniais na Bahia

Era uma manhã como qualquer outra na capital baiana, até que as ruas de Salvador testemunharam um verdadeiro cerco policial. A cena: dezenas de agentes em movimento coordenado, cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços estratégicos. O alvo? Uma organização criminosa que vinha aterrorizando vítimas com golpes patrimoniais elaborados.

A Operação Fio Condutor — nome que não foi escolhido por acaso — revelou-se uma investida precisa contra especialistas em aplicar golpes. Doze pessoas foram detidas, e outras três precisarão responder em liberdade, todas acusadas de integrar um esquema bem estruturado.

Como a quadrilha operava

Os métodos eram variados, mas o objetivo sempre o mesmo: lesar pessoas e empresas. Entre as artimanhas identificadas estavam:

  • Clonagem de documentos para transferências fraudulentas de imóveis
  • Venda de propriedades que nem sequer pertenciam aos golpistas
  • Desvio de recursos através de contas fantasmas
  • Falsificação de procurações e escrituras

Não eram amadores. Pelo contrário — agiam com uma frieza impressionante, como se estivessem num escritório legal, só que praticando ilegalidades.

O que a polícia apreendeu

Além das prisões, os agentes recuperaram um verdadeiro arsenal fraudulento: quatro veículos (suspeitos de serem usados na locomoção dos criminosos), dezenas de celulares, computadores e — pasmem — uma quantidade significativa de documentos falsificados.

Imagina só: contratos, certidões, declarações… Tudo meticulosamente forjado para parecer legítimo. Uma papelada que contava histórias inventadas, mas com consequências reais — e devastadoras — para as vítimas.

Quem está por trás da investigação

A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (Decrep), sob o comando do delegado Fábio Dórea. Em entrevista, ele não escondeu a satisfação pelo resultado: "Esse grupo agia de forma organizada, causando prejuízos enormes. Hoje, demos um golpe duro na estrutura deles".

E olha, não é pra menos. Segundo as investigações — que se estenderam por meses —, a quadrilha tinha ramificações em pelo menos três estados. Não eram amadores, repito.

As penas? Podem chegar a 15 anos de reclusão. Os crimes enquadrados incluem estelionato, falsificação de documentos e formação de organização criminosa. Coisa séria.

Para quem se pergunta como evitar cair em golpes assim, a dica é clássica, mas sempre válida: desconfie de negócios que parecem bons demais para ser verdade. E, claro, verifique, confira, pesquise. Melhor pecar pelo excesso de cautela do que entrar para a lista de prejudicados.

Agora, a Justiça segue seu curso. E as vítimas? Torcendo para que esse seja o começo da reparação — ainda que tardia — de seus prejuízos.