Operação em SP desmantela esquema bilionário de lavagem para PCC e Comando Vermelho
Operação desmantela lavagem de dinheiro do PCC e CV em SP

Era um esquema tão bem armado que parecia saído de um roteiro de cinema — mas era pura realidade paulista. A Polícia Civil acaba de desbaratar uma operação sofisticada de lavagem de dinheiro que servia como esteio financeiro para duas das maiores facções criminosas do país: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

Dois indivíduos, cujos nomes ainda não foram totalmente revelados, foram agarrados em flagrante delito. Eles são acusados de gerir uma rede complexa que movimentava valores astronômicos — estamos falando de quase R$ 1 bilhão, gente — através de empresas que existiam apenas no papel.

O modus operandi que enganou a muitos

Como será que funcionava essa maracutaia toda? Basicamente, os investigados criavam negócios fantasmas, principalmente no ramo de troca de moedas estrangeiras e comércio internacional. Essas supostas empresas emitiam notas fiscais frias, falsas como nota de três reais, para justificar a entrada de dinheiro de origem ilícita no sistema financeiro formal.

O dinheiro sujo — fruto de tráfico, jogos ilegais, extorsão — entrava misturado com uns trocados de procedência duvidosa, saía "limpinho" e seguia direto para os cofres das facções. Uma operação de lavagem tão eficiente que dava até inveja a alguns banqueiros por aí.

As investigações e as consequências

A investigação, que já corre há meses sob sigilo, partiu de denúncias anônimas e da quebra de sig bancário de várias dessas empresas de fachada. A delegada responsável pelo caso, que preferiu não se identificar, disse que este é apenas o começo: "Temos indícios de que a rede é muito mais ampla e envolve outros estados".

Os dois presos já respondem por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsificação documental. E olha, a pena pode chegar a 20 anos de reclusão — tempo suficiente para repensar muitas escolhas na vida.

O que mais assusta nisso tudo? A ousadia. Operar um esquema desse tamanho na capital paulista, bem debaixo do nariz das autoridades, mostra o nível de audácia que essas organizações criminosas atingiram. E o pior: enquanto houver quem lave, haverá quem mate, trafique e destrua.

Restou uma pergunta no ar: quantos outros esquemas similares ainda operam livremente por aí? Essa, só o tempo — e as investigações — dirão.