
Não é todo dia que uma operação dessa magnitude sacode a região. A Polícia Civil de São Paulo, numa ação que mais parece roteiro de filme, deflagrou nesta quarta-feira (28) uma megaoperação para desarticular um esquema bilionário — sim, bilionário — de desvio e adulteração de combustíveis. Tudo, pasmem, sob a batuta do PCC.
O negócio era tão grande que a prejuízo estimado beira os impressionantes R$ 1,2 bilhão. Uma fortuna que, convenhamos, daria para fazer muita coisa — mas que, infelizmente, alimentava uma máfia do combustível.
Onde a Casa Caiu
Os mandados de busca e apreensão se espalharam por nada menos que 17 endereços. A força-tarefa, que envolveu 80 policiais, agiu principalmente em Campinas, Sumaré e Paulínia. Mas a investigação, que já rola há um ano e meio, aponta que o esquema tinha tentáculos em pelo menos outros 15 estados brasileiros. Impressionante, não?
Segundo as investigações, o modus operandi era complexo. A organização criminosa desviava combustíveis de distribuidoras legalizadas — etanol, gasolina, diesel, o pacote completo — e depois os revendia no mercado paralelo. Só que não era um simples 'mercado cinza'. Eles adulteravam os produtos, misturavam, alteravam a qualidade... um verdadeiro cocktail explosivo e ilegal.
Quem Está Por Trás?
Aqui é que a coisa fica pesada. As investigações da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (Decpat) não deixaram dúvidas: a operação toda era coordenada por facções criminosas, com o Primeiro Comando da Capital (PCC) puxando a fila. Eles não apenas gerenciavam a logística complexa do desvio, como também 'cuidavam' da parte intimidatória — aquela velha história de ameaças e coerção para garantir que ninguém saísse da linha.
Os alvos dos mandados, segundo a polícia, são pessoas suspeitas de integrar a organização e participar ativamente do esquema. A operação foi batizada de 'Placebo' — um nome, no mínimo, irônico, considerando que o 'remédio' aplicado pela lei foi tudo, menos placebo.
A expectativa, claro, é que essa investida seja um golpe duro na estrutura financeira do crime organizado. Quando você corta o dinheiro, você enfraquece toda a operação. E R$ 1,2 bi é muito, mas muito dinheiro para ser cortado.
O que isso significa para o cidadão comum? Bom, além de combater um crime que afeta a economia de todos, é mais um sinal de que as investigações contra o crime organizado estão avançando — e mirando no bolso, onde mais dói.