9 torcedores presos em operação contra emboscada violenta em Goiânia
Nove torcedores presos por emboscada violenta em Goiânia

A Polícia Civil de Goiás prendeu nove torcedores suspeitos de participação em emboscadas violentas contra rivais. A operação ocorreu nesta quinta-feira, 4, nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.

Operação cumpre 20 mandados e apreende armas

Foram cumpridos 20 mandados judiciais, sendo 10 de busca e apreensão e 10 de prisão. Os alvos eram integrantes da torcida organizada Força Jovem do Goiás, das Zonas Central e Norte. Entre os presos está um diretor da torcida do Goiás com passagem por tráfico de drogas.

Durante as ações, os policiais apreenderam armas brancas, veículos usados nos crimes, aparelhos celulares, drogas e diversos objetos ligados à torcida organizada.

Detalhes da emboscada brutal

O delegado Samuel Moura, do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot), detalhou o crime. No dia 1º de outubro, após um jogo de futebol amador da torcida do Vila Nova, o grupo armou uma emboscada contra torcedores rivais do Esquadrão Vilanovense.

Um vídeo divulgado pela polícia mostra o momento em que um carro com os agressores cerca outro veículo. Cinco pessoas descem do carro da frente portando barras de ferro e partem para a agressão.

Cinco pessoas foram agredidas, sendo que quatro sofreram ferimentos graves e tiveram pertences roubados. O caso é considerado o mais grave investigado pelo Geprot em 2025 devido à extrema agressividade.

"Pelas imagens, foi uma ação de execução. Eles cercam a vítima com três veículos, descem e estavam dispostos a matar por briga de torcida organizada", afirmou o delegado.

Vítima sofreu 17 golpes na cabeça

De acordo com as investigações, uma das vítimas recebeu 17 golpes na cabeça e sofreu traumatismo craniano. O delegado revelou que o diretor preso é suspeito de criar um grupo no WhatsApp para escalar os responsáveis pelo ataque.

"Ele montou um grupo, ele escalou os executores, a palavra é essa, é igual escalar um time, escolheu os meninos da Zona Norte e Zona Central, se juntaram, agrediram a vítima de forma pré-organizada", contou Samuel Moura.

A reportagem tentou contato com a Força Jovem do Goiás para obter um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até o momento. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia, e o g1 não conseguiu localizar as defesas dos acusados.