Operação Fim de Dança: PCC faturava R$ 1,5 mil diários em RR
Maior operação da PC em RR prende integrantes do PCC

Maior operação da Polícia Civil em Roraima desarticula esquema do PCC

A Polícia Civil de Roraima realizou nesta terça-feira (25) a segunda fase da Operação Fim de Dança, considerada a maior ação policial já realizada no estado. O alvo foi a estrutura criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC), que mantinha um lucrativo esquema de tráfico de drogas através de "lojas" que faturavam aproximadamente R$ 1,5 mil por dia.

Estrutura operacional do crime desmantelada

A megaoperação mobilizou mais de 300 policiais civis, incluindo 51 delegados, distribuídos em 95 viaturas. Todas as unidades da corporação participaram da ação, que resultou no cumprimento de 77 ordens judiciais - sendo 22 mandados de prisão preventiva e 64 de busca e apreensão.

Até as 10h da manhã de terça-feira, 15 buscas haviam sido cumpridas e 17 investigados estavam presos. Dois mandados de prisão foram executados em São Paulo, evidenciando a conexão interestadual da facção. Um dos presos em Roraima atuava especificamente na área financeira do PCC no estado.

Appreensões e resultados concretos

Além das prisões, a operação resultou na detenção de outras nove pessoas em flagrante. Em Caracaraí, no sul do estado, um investigado foi preso com meio quilo de pasta base de cocaína.

As apreensões incluíram:

  • Dois veículos
  • Munições de diversos calibres
  • Celulares utilizados na operação criminosa
  • Drogas ilícitas, incluindo pasta base de cocaína

Os materiais foram encontrados em Boa Vista, Caracaraí e São João da Baliza, demonstrando a abrangência territorial do esquema desmantelado.

Autoridades comemoram sucesso da operação

A delegada-geral Darlinda Moura classificou a ação como "extremamente exitosa" e destacou que não houve feridos entre policiais e investigados. "É a maior operação que a Polícia Civil já fez no estado. O objetivo é atacar diretamente uma das facções que opera dentro de Roraima", afirmou a autoridade.

O delegado João Evangelista, titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), projetou impactos positivos na segurança pública: "Esses investigados alimentam toda uma cadeia criminosa. A venda de drogas fomenta furtos, roubos e homicídios. Hoje nós damos um duro golpe no PCC em Roraima".

Expansão nacional do PCC

O Primeiro Comando da Capital, que surgiu há mais de 30 anos em uma prisão paulista, transformou-se de uma facção com 5 mil criminosos para uma organização com aproximadamente 40 mil membros atuando globalmente. Segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado em novembro, o PCC domina a criminalidade em Roraima, estando presente em 13 dos 15 municípios do estado e com domínio exclusivo em cinco deles.

A primeira fase da Operação Fim de Dança já havia mirado a facção criminosa que comanda o tráfico de drogas em quatro municípios de Roraima, demonstrando a continuidade do trabalho de inteligência e repressão qualificada das autoridades estaduais.