Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal do Brasil (RFB) resultou na maior apreensão de cocaína já registrada no modal aéreo de cargas no país. A ação ocorreu no Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e interceptou cerca de 1,2 tonelada da droga, que estava embalada em blocos prensados.
Cooperação entre aeroportos foi crucial
O sucesso da operação só foi possível graças a um sistema integrado de alertas. Equipes do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, identificaram uma movimentação suspeita e repassaram informações estratégicas para os agentes em Minas Gerais. Esse fluxo de inteligência permitiu que a carga fosse localizada rapidamente no Terminal de Cargas de Confins.
De acordo com a superintendente adjunta da Receita Federal em Minas Gerais, Viviane Lopes Franciscani, o volume apreendido é histórico. "Minas bateu o recorde. Esse volume chega a ser maior do que o volume de apreensão em vários países do mundo", destacou ela, enfatizando a significância da operação.
Rota internacional e técnicas de investigação
A cocaína apreendida tinha como destino final a Europa. A rota planejada pelos traficantes incluía uma escala em Lisboa, Portugal, com o objetivo final sendo Madri, na Espanha. A descoberta expõe uma rota do tráfico internacional que utiliza o território mineiro como ponto de passagem.
Para a identificação da carga ilícita, as autoridades utilizaram um conjunto de ferramentas:
- Sistemas de gestão de risco que monitoram origem, destino e comportamento das remessas.
- Scanners de alta tecnologia para inspeção não invasiva das cargas.
- Cães farejadores, que foram peças-chave para localizar a droga escondida.
Assim que a substância foi confirmada, a Polícia Federal foi acionada para realizar a apreensão material e dar início às investigações criminais.
Investigações continuam e ninguém foi preso
A Receita Federal informou que, até o momento, ninguém foi preso em decorrência da apreensão. No entanto, as investigações estão em andamento para rastrear a rede criminosa responsável pelo envio da droga.
As autoridades reforçaram que a cooperação entre PF e RFB é um pilar fundamental no combate ao crime organizado e à atuação de quadrilhas internacionais, fortalecendo a segurança nas fronteiras e portos do país.
Em nota, a BH Airport, concessionária do aeroporto, afirmou que a segurança é um "valor inegociável" e destacou a integração contínua com todos os órgãos de fiscalização. A empresa ressaltou que a atuação conjunta, aliada a tecnologias inovadoras, amplia a capacidade de prevenção e contribui para a proteção do território nacional.